Com isso, 2024 começa apontando um caminho de recuperação na geração de emprego, como ficou claro na taxa de desemprego de 7,5%, que está em seu menor patamar desde fevereiro de 2015. A Confederação Nacional do Comércio (CNC), por exemplo, já indicou que janeiro tem expectativa positiva de 3.497 e a diferença é gritante para um ano antes, quando o saldo negativo foi de 5.195 colaboradores.

Para Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção de Recursos Humanos na RH NOSSA, o que fez a diferença entre esses dois anos foi o comportamento e o desempenho dos temporários que se esforçaram para garantir uma vaga efetiva:

“Os números mostram que o comportamento dos temporários mudou muito, não é mais aquele perfil que busca apenas “um bico”, mas, sim, de quem entendeu que essa é uma chance de conseguir mostrar serviço para começar uma carreira. E se o comportamento foi bom, a vontade de aprender também e os resultados entregues condizem com a expectativa, é questão de tempo para a vaga ser efetivada.”

Temporário pode ser porta de entrada

Karina afirma que com o aquecimento das contrações que essas oportunidades temporárias, para uma produção pontual ou para atender ao público para as festas de fim de ano podem ser encaradas como um período probatório, e isso se reflete nessas vagas que estão sendo efetivadas.

Existem aspectos cruciais para o sucesso do trabalhador temporário e o interessante é que o objetivo não é apenas conseguir entregar o combinado e partir para outro trabalho, há esse desejo de perpetuar em uma empresa.

Por isso Karina recomenda interagir com colegas, nunca se atrasar, entender o que faz a empresa e, acima de tudo, saber trabalhar em equipe: “Times de trabalho se destacam quando todos se esforçam e quem realmente mostrar que deseja permanecer, tem grandes chances de conseguir a carteira assinada pela empresa” completa Pelanda.