SEGS Portal Nacional

Demais

Felicidade transmitida por moléculas

  • Segunda, 08 Janeiro 2024 18:18
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Louise Soares
  • SEGS.com.br - Categoria: Demais
  • Imprimir

Divulgação | PixBay

 Camila Capel*

Buscar a felicidade virou debate nas universidades e o tema invade as prateleiras das livrarias. Esta procura também fala sobre a fuga de algum tipo de sofrimento humano, como se a ausência de algo pudesse fazer a felicidade operar.

Assim, ao invés de nos aproximar dela, as pessoas pensam no futuro, em que haverá felicidade, ou no passado, envolto a memórias de quando se achavam mais felizes. Desta forma, crenças vão sendo alimentadas e ajudam a identificar quando situações de possível sofrimento quiserem se aproximar novamente. Infelizmente, isso é um problema, pois a mente está deslocada do único momento em que de fato se pode ser feliz: no presente.

A ciência trouxe possibilidades de assimilar cada vez mais o que é a felicidade. Ela engloba estudos do cérebro, bioquímica e toda a movimentação neural provocada pelas emoções. Entender os componentes químicos e estruturais envolvidos em sentimentos — como compaixão, gratidão e amor —, que fazem parte da felicidade, nos faz compreender como o corpo age nestes estados, mas ainda existe uma lacuna: como “colocá-los” para dentro? Será que a felicidade seria algo puramente molecular?

Para entender sobre isso, é necessário compreender que a presença de neurotransmissores na corrente sanguínea gera sensações no corpo, mas a mente é essencial para interpretar e comunicar essas experiências. Por exemplo, qual a diferença entre a adrenalina disparada quando se está em uma montanha-russa em alta velocidade, que faz todos sorrirem de felicidade, e a mesma adrenalina que corpo experimenta ao passar por um assalto, onde o sentimento é medo?

O neurotransmissor é o mesmo, mas o cérebro e o aparato informam que a primeira situação é de alegria e a segunda é um risco. Em ambos os casos, para o corpo, nada muda, quando a adrenalina sobe, ele se prepara para lutar ou fugir. Quando cérebro diz que não é uma situação de risco, o sistema corre para frear a descarga.

As emoções primárias existem em todos, mas, na maioria das vezes, o cérebro racional acalma as emoções. Porém, toda vez que sentimos uma emoção, ainda que este circuito da razão aconteça, paralelamente, corre um circuito ainda mais rápido, o do sistema nervoso autônomo (SNA), que acontece em duas vias, simpática e parassimpática. Este sistema é regido pelas emoções e não pela razão, portanto, mesmo que racionalmente pareçamos manter o equilíbrio, a descarga gerada pelas emoções primárias fica circulando em nosso corpo e altera nossa fisiologia.

Quando há uma explosão bioquímica, uma emoção, o sistema nervoso autônomo envia para o corpo uma resposta baseada no que se sente e não no que se pensa. São milésimos de segundo entre o sentir e codificar, porém, a resposta fisiológica é imediata. Além disso, não é necessário vivenciar uma emoção para essa liberação de carga acontecer.

Os pensamentos não possuem a relação tempo-espaço, sendo assim, lembrar ou imaginar algo ruim faz com que o corpo sinta que aquilo é real. A mente consegue entender a imaginação, mas o corpo, não, e ele obedece às emoções.

Portanto, pode-se concluir que o sistema nervoso autônomo também responde aos estímulos de alegria e bem-estar e envia para o corpo sinais de que tudo está bem. Isto abre um ponto de vista positivo. Se o sentir pode mudar a fisiologia, é possível utilizar desta inteligência para imaginar e sentir coisas boas, obtendo ganhos para o corpo.

Deste modo, obter alívio, conforto, plenitude, satisfação e alegria a partir da evocação de boas lembranças, provocam bons sentimentos e sensações, influenciam o sistema nervoso autônomo e a saúde na totalidade, garantindo o que todos procuram: a felicidade no presente.

*Camila Capel é psicopedagoga especialista em educação parental, fundamentada na pedagogia Waldorf e Antroposofia, facilitadora de processos de autodesenvolvimento, meditação e mindfulness e autora dos livros “A Mala do Opa” e “Vamos falar sobre a Vida”.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

 

+DEMAIS ::

Dez 17, 2025 Demais

Vai alugar imóvel no Réveillon? Confira 10 dicas para…

Dez 17, 2025 Demais

A cláusula compromissória arbitral no estatuto social…

Dez 17, 2025 Demais

Fim de ano: especialista explica por que a comunicação…

Dez 17, 2025 Demais

Mega da Virada: como transformar milhões em legado e…

Dez 17, 2025 Demais

Mega da Virada: como transformar milhões em legado e…

Dez 17, 2025 Demais

Como manter o skin care nas viagens de final de ano?

Dez 17, 2025 Demais

Natal: descubra como combinar diferentes tipos de…

Dez 17, 2025 Demais

Vai começar o verão no Hemisfério Sul e a Terra não…

Dez 16, 2025 Demais

Reformar ou demolir uma casa? Saiba o que vale a pena!

Dez 16, 2025 Demais

Novas regras: entenda como será a saidinha de final de…

Dez 16, 2025 Demais

O que faz o hóspede voltar?

Dez 16, 2025 Demais

Férias elevam risco de acidentes com crianças e…

Dez 16, 2025 Demais

CatLife chega como o primeiro plano de saúde pet do…

Dez 16, 2025 Demais

A Magia do Natal Começa na limpeza da Casa

Dez 16, 2025 Demais

Experiências rápidas e aulas avulsas para quem quer…

Dez 16, 2025 Demais

A importância do projeto hidráulico bem executado nas…

Mais DEMAIS>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version