No Mundial de 2018, os torcedores pagaram, em média, 214 libras por um assento, conforme a pesquisa. Já os ingressos para jogos no Catar estão custando 286 libras, em média. Esse é o maior valor dos últimos 20 anos, e a final está 59% mais cara do que a final de quatro anos atrás.

“A Copa do Mundo no Catar já é considerada a mais cara de todos os tempos. A construção de seis novos estádios e a reforma completa de outras duas arenas no país teriam custado cerca de 3 bilhões de dólares”, explica o estudo. “Muito mais dinheiro foi gasto na expansão da infraestrutura da capital Doha, como vias de transporte e reconstrução do aeroporto internacional. Não é de surpreender que a Copa do Mundo no Catar seja também a Copa do Mundo com os ingressos mais caros em média,” completa.

Além de movimentar a economia local, o evento também aumentou o uso do sitedeapostasonline.net, que lista casas de apostas com bônus sem depósito e traz cupons com as promoções de cada plataforma. Os sites de apostas permitem que qualquer pessoa dê o seu pitaco nos jogos do maior evento de futebol do mundo e possa levar uma bolada em caso de acerto.

Segundo a Fifa, quase três milhões de ingressos haviam sido vendidos para oito estádios do Catar. Sobre os valores, a entidade futebolística não havia respondido aos representantes do estudo. O torneio que ocorreu em 2006, na Alemanha, foi considerado o que teve os ingressos mais baratos dos últimos 20 anos, com um custo médio de 100 libras por jogo. Já as entradas para a final em Berlim custaram 221 libras por assento, em média. 

A edição de 2022 está ocorrendo entre 20 de novembro e 18 de dezembro, e será o primeiro Mundial a ser feito no Oriente Médio. A população brasileira poderá assistir à estreia da Seleção no dia 24 de novembro.

Problemas com a Copa

Há apenas 48 horas da abertura da Copa do Mundo, o governo do Catar comunicou à Fifa que não irá permitir a comercialização de cerveja e outras bebidas alcoólicas no perímetro dos 8 estádios onde ocorrerão as partidas. A notícia foi tomada de surpresa por torcedores e patrocinadores, já que haveria a venda de bebidas alcoólicas um tempo antes dos jogos e um tempo depois.

A Budweiser, por exemplo, que é uma grande patrocinadora da entidade de futebol, tinha direitos exclusivos para vender cervejas no evento, mas por conta dessas novas circunstâncias, não poderá mais prosseguir com algumas ações. Segundo a associação britânica Football Supporters' Association (FSA), "alguns torcedores gostam de uma cerveja durante um jogo e outros não, mas o verdadeiro problema é a reviravolta de última hora que fala de um problema mais amplo - a total falta de comunicação e clareza do comitê organizador em relação aos torcedores".

Essa é apenas mais uma polêmica rodeando a edição de 2022 do evento, e muitos concordam haver problemas ainda maiores. Por exemplo, durante o Posse de Bola, os comentaristas Arnaldo Ribeiro, José Trajano e Mauro Cezar Pereira discutiram sobre o tema. "É uma vergonha que a Copa do Mundo seja realizada num país como o Catar. Que comprou a Copa do Mundo. É um país que viola direitos humanos, é um país homofóbico, é um país que privilegia a família que toma conta do país. A falta de cerveja é um detalhe", comenta Trajano.