SEGS Portal Nacional

Demais

Somos todos responsáveis

  • Segunda, 24 Janeiro 2022 11:27
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Central Press
  • SEGS.com.br - Categoria: Demais
  • Imprimir

Por Michaela Vicare*

As curvas dos gráficos apontando para cima não mentem: uma nova onda de contaminação por covid-19 já é realidade na maior parte das cidades brasileiras. E justo no momento em que muitas empresas se preparavam para receber de volta em seu espaço físico aqueles colaboradores que estão, há quase dois anos, trabalhando de suas casas.

Por trás das câmeras de celulares e notebooks, as reuniões on-line se tornaram parte indissociável do dia a dia de profissionais das mais diversas áreas. Mas o avanço da vacinação em todo o país parecia estar trazendo de volta o cafezinho no meio do expediente e a possibilidade de trocar experiências por formas além de mensagens de texto. Agora, a expectativa de um futuro mais físico parece estar novamente distante.

Embora as informações sobre a ômicron ainda sejam escassas, tudo indica que as taxas de transmissão dessa variante são mesmo mais elevadas que das variantes anteriores. Todos os estudos apontam nesse sentido. E todos aqueles que lidam com colaboradores precisam começar a rever os planos de retomada presencial, em nome da ciência e da saúde.

É claro que o trabalho remoto esteve muito longe de ser uma possibilidade tangível para a maioria dos brasileiros. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), apenas 10% dos trabalhadores de todo o país puderam realizar suas atividades profissionais no regime de home office, mesmo quando o isolamento social era mais difundido, entre maio e junho de 2020. Isso equivale a apenas nove milhões em um universo de mais de 24 milhões que poderiam exercer suas funções remotamente.

Diante dessa constatação é quase impossível não pensar em quantas mortes pela doença poderiam ter sido evitadas se todos os trabalhadores que poderiam estar em casa realmente estivessem. Não cabe aqui, naturalmente, rígido julgamento de setores que simplesmente não funcionam a distância.

Muitos tipos de empresas provaram não serem capazes de adaptar seus modelos de negócios ao virtual. São indústrias, principalmente, que dependem da atuação física de seus colaboradores para que continuem sendo produtivas. No entanto, um amplo contingente de pessoas que poderia seguir com suas atividades virtualmente não o fez porque não teve essa oportunidade.

Quando se vive uma pandemia, é preciso aprender a pensar de forma estratégica e coletiva. Nas sociedades contemporâneas, constantemente conectadas por vias terrestres, aéreas e aquáticas, decisões individuais têm um grande impacto na coletividade. E, por isso, é indispensável assumir as responsabilidades devidas.

Prestes a enfrentar esta nova onda, com surpresas tão desagradáveis quanto frequentes, cabe a cada empresa refletir sobre sua possibilidade de adaptação e resposta frente ao aumento de casos. Ainda que o planejamento para 2022 incluísse uma retomada das atividades presenciais, ainda que houvesse uma expectativa pelo reencontro depois de tanto tempo, é papel das organizações adiar o retorno de todas as funções que possam ser realizadas on-line. Inúmeros são os casos de empresas que se mostraram, inclusive, ainda mais inovadoras depois que decidiram manter seus colaboradores em casa.

Se podemos evitar que essas pessoas, que estão, de alguma maneira, sob nossa responsabilidade, sejam expostas ao risco de contágio, por que assumir esse risco? Faz parte de uma espécie de pacto social civilizatório - ou deveria fazer - a compreensão de que aqueles profissionais que tomam as decisões em uma organização são diretamente responsáveis por cuidar de situações como a de uma pandemia.

Recuemos, se o momento assim exige, para que aqueles que não podem ficar em casa tenham um pouco mais de segurança para continuarem trabalhando. Cuidemos uns dos outros, ainda que esse cuidado more em uma simples decisão de recursos humanos. Assim, ali adiante, poderemos olhar uns para os outros com a certeza de que fizemos todo o possível para evitar novas mortes.

*Michaela Vicare é diretora de Gente & Gestão (RH) na Tecnobank.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

 

+DEMAIS ::

Dez 18, 2025 Demais

6 coisas que você vai encontrar — ou não — ao migrar…

Dez 18, 2025 Demais

Conheça a técnica que diferencia a operação de limpeza…

Dez 18, 2025 Demais

10 fotógrafos subaquáticos nacionais e internacionais…

Dez 18, 2025 Demais

Rituais de Ano Novo 2026: atraia prosperidade, amor e…

Dez 18, 2025 Demais

Não gostei do presente de Natal, e agora?

Dez 18, 2025 Demais

Trabalhar ou estudar nos Estados Unidos? Entenda 5…

Dez 18, 2025 Demais

Guia prático para decoração com flores no fim de ano

Dez 18, 2025 Demais

Cores para 2026: descubra a sua cor de acordo com a…

Dez 17, 2025 Demais

Vai alugar imóvel no Réveillon? Confira 10 dicas para…

Dez 17, 2025 Demais

A cláusula compromissória arbitral no estatuto social…

Dez 17, 2025 Demais

Fim de ano: especialista explica por que a comunicação…

Dez 17, 2025 Demais

Mega da Virada: como transformar milhões em legado e…

Dez 17, 2025 Demais

Como manter o skin care nas viagens de final de ano?

Dez 17, 2025 Demais

Natal: descubra como combinar diferentes tipos de…

Dez 17, 2025 Demais

Vai começar o verão no Hemisfério Sul e a Terra não…

Dez 16, 2025 Demais

Reformar ou demolir uma casa? Saiba o que vale a pena!

Mais DEMAIS>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version