Talentos profissionais brasileiros estão em fuga para os Estados Unidos. É o que provam dados recentes divulgados pelo relatório fiscal produzido pelo governo americano. Somente na categoria de ‘green card’ (residência permanente) por talento profissional, o EB2, voltada para os chamados "profissionais excepcionais" houve aumento de 36% na emissão de vistos. Esse é o tipo mais comum de visto requisitado por profissionais estrangeiros altamente qualificados em diversas carreiras em áreas deficitárias nos Estados Unidos.

Em números absolutos, 1.899 profissionais excepcionais (na categoria EB2) deixaram o Brasil de forma definitiva no ano passado, o maior índice em pelo menos uma década. A estatística inclui tanto novos vistos concedidos quanto ajustes de status, ou seja, casos de pessoas que entraram no país com autorização de outra natureza, mas conseguiram trocar depois.

O aumento não ocorre apenas na procura por sair do Brasil rumo aos EUA. Segundo a universidade americana - Ambra University - que há mais de 10 anos oferta cursos de graduação e mestrado nos EUA totalmente online - houve aumento também da procura por profissionais brasileiros interessados em obter o diploma americano com fins de auxiliar o processo de entrada no mercado de trabalho.

"A formação ou especialização americana pode ser um fator decisivo para a entrada no mercado de trabalho nos Estados Unidos. Sem dúvida, profissionais que estejam em busca de sair do Brasil, viver e trabalhar nos EUA, devem iniciar uma busca sobre como lograr êxito na nova vida. Somente entre 2020 e 2021 detectamos um aumento de 40% na procura por profissionais brasileiros interessados em nossos cursos na Ambra", aponta Alfredo Freitas, diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University com mais 15 anos de experiência.

Profissões Nômades e Digitais Para quem aposta na obtenção de formação superior e consequentemente um diploma americano, os caminhos são múltiplos, sobretudo sob a lógica do nomadismo digital e do trabalho remoto. Com o home office cada vez mais consolidado como modelo de trabalho eficiente, chegou a 91% o percentual de profissionais qualificados que acreditam que o futuro do trabalho será em um modelo híbrido, revezando entre dias presenciais e remotos. Os dados fazem parte da 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) realizada pela consultoria de recrutamento.

Profissões Nômades e Digitais

Para quem aposta na obtenção de formação superior e consequentemente um diploma americano, os caminhos são múltiplos, sobretudo sob a lógica do nomadismo digital e do trabalho remoto. Com o home office cada vez mais consolidado como modelo de trabalho eficiente, chegou a 91% o percentual de profissionais qualificados que acreditam que o futuro do trabalho será em um modelo híbrido, revezando entre dias presenciais e remotos. Os dados fazem parte da 14ª edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) realizada pela consultoria de recrutamento.

O chamado nomadismo digital tem crescido devido o desenvolvimento da internet e o aumento das profissões que precisam apenas de um computador conectado à internet para funcionar. Isso também tem a ver com o futuro das profissões, afinal, se antes apenas o influenciador podia trabalhar à longa distância, profissionais do setor da saúde, vendas, financeiro, também já conseguem trabalhar desta maneira.

Alfredo Freitas explica que a tendência é que a formação e o diploma americanos passem a ser melhor considerados e avaliados no mercado de trabalho global a partir da ideia de nomadismo digital.

"Alguns fatos contribuíram para o desenvolvimento desta nova modalidade de trabalho mais nômade e digital. A mudança de comportamento vem desde formação acadêmica e muito antes da pandemia. No anseio em se tornar mais competitivos os profissionais têm buscado formações no mundo virtual. Em 10 anos, aumentou quase 5 vezes número de alunos que entram em cursos a distância do ensino superior, por exemplo", pondera Freitas.

Dados do INEP mostram que de 2009 a 2019 a modalidade do ensino a distância teve salto de 378,9% em matrículas de ingressantes somente no Brasil. "Esta previsão é vista na imigração dos cursos presenciais para o ensino virtual. Em um ano, quase 120 mil alunos migraram de uma modalidade presencial para o ensino a distância. Nos EUA o volume de matrículas para o ensino via internet já supera o do presencial", afirma o especialista em educação e tecnologia.

"É sempre uma boa opção poder contar com o ensino via internet para conseguir conhecimento e o sonhado diploma americano, assim, o profissional não necessariamente precisa estar nos EUA para se graduar. Estudo recente divulgou que no LinkedIn - maior rede social profissional no mundo, uma parcela considerável de usuários possui titulação no exterior", pondera Alfredo Freitas.

*Alfredo Freitas é pós-graduado em 'Project Management' pela Sheridan College no Canadá, graduado em Engenharia de Controle e Automação e Mestre em Ciências, Automação e Sistemas, pela Universidade de Brasília. O renomado profissional tem mais de 15 anos de experiência em Tecnologia e Educação. É atualmente Diretor de Educação e Tecnologia da Ambra University. A Universidade americana é credenciada e tem cursos reconhecidos pelo Florida Department of Education (Departamento de Educação da Flórida) sob o registro CIE-4001. Além disso, a universidade conta com histórico de revalidação de diplomas no Brasil.