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Historiadoras debatem os conflitos entre Israel e Palestina ao longo de 120 anos, durante o Foro Inteligência

  • Terça, 29 Junho 2021 10:30
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Aline Pontes
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As professoras mostraram que existe uma nação com duas visões diferentes

As historiadoras Monica Herz e Monique Sochaczewiski Goldfeld debateram durante o Foro Inteligência, realizado ontem, os conflitos entre Israel e a Palestina ao longo de 120 anos. Árabes e israelenses já foram à guerra várias vezes desde 1948, ano da criação do Estado de Israel. A recorrência dos conflitos armados e a chamada questão Palestina mantiveram a rivalidade como a principal questão geopolítica do Oriente Médio na segunda metade do século 20 e no início deste século. "Como estudiosa há quase 30 anos, estou tentando carregar a esperança, mas a coisa está um pouco complicada", desabafa Goldfeld, que é professora do IDP, pesquisadora sênior do GEPOM e doutora em História, Política e Bens Culturais.

Ao longo da História havia uma boa convivência entre judeus e muçulmanos, que foi se dilacerando com o tempo. Mas foi no Império Otomano que se forjaram as duas identidades, em meio à Primeira Guerra Mundial. Esse Império, que antes garantia a unidade das nações muçulmanas, fragilizou-se durante a guerra e fragmentou-se ao seu término. Nesse período começaram a surgir os nacionalismos: árabe e palestino, e o sionismo também. Em 1948, com a partilha da Palestina, tem-se o nascimento do Estado de Israel. Começam, então, os dramas na região.

A situação se complicou, sobretudo, na Guerra dos Seis Dias (1967). As forças árabes foram derrotadas e, em represália, Israel incorporou uma série de territórios ao seu redor, argumentando que tais lugares serviriam como faixas de segurança contra possíveis novos ataques. As áreas ocupadas foram a Faixa de Gaza no Egito, as Colinas de Golã na Síria, a Cisjordânia na Jordânia e a parte oriental de Jerusalém. De acordo com a professora do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e Ph.D em Relações Internacionais, Monica Herz, houve acordo de paz com o Egito. O Sinai foi devolvido, Gaza, não. Israel, a princípio, nacionalizou a região. Desde então, discute-se a existência do Estado de Israel e a questão dos territórios ocupados.

Nos anos 1990, embora houvesse um caminho para a solução do conflito entre dois estados, emergiu a figura de Benjamin Netanyahu, que serviu como primeiro-ministro de Israel de 1996 a 1999 e uma segunda vez de 2009 a 2021. Segundo Herz, o que pode se observar é que cada vez mais Israel veio se tornando um país religioso e de direita, durante a gestão de Netanyahu. "Aquele Israel que nasceu com ideias socialistas não existe mais. Muito pelo contrário. A gestão dele passa a ser cada vez mais conhecida como a gestão do conflito, cada vez mais militarizada", explica a professora Monica Herz.

No contexto atual aconteceram quatro eleições, em dois anos. Segundo as especialistas, Netanyahu queria tentar quebrar uma colisão que estava se formando. "Eu digo que a cada dia que se passa é um milagre, porque são oito partidos políticos. Há grupos de extrema direita, do centro, dois partidos da esquerda e o partido islamista. O que os une é o desejo de tirar o Benjamin", diz Goldfeld.

Os desafios da solução de paz continuam sendo a ocupação propriamente dita e a questão religiosa, segundo Herz. "O foco que une é: a economia, a sociedade, a educação, a infraestrutura. E, isso já está começando a andar", explica a professora da PUC-Rio.

O Foro Inteligência está disponível no Facebook e, posteriormente, estará disponível no canal da Insight Inteligência no YouTube. As melhores palestras do encontro poderão ser lidas na revista Insight Inteligência.

Sobre o Foro Inteligência: Reúne o BRICS Policy Center e a Insight Comunicação, com o apoio do Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio e da Casa de Afonso Arinos. O Foro manterá um canal aberto com países como China, Rússia, Índia e África do Sul. A ideia é apresentar palestras, cursos e seminários abordando problemas brasileiros não convencionais e que tangenciam as nações do bloco.


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