Home office e isolamento social favorecem mercadinhos de bairro e estimulam investimento em delivery, indica sondagem do Sincovaga
Com novos hábitos de consumo e o aumento nas vendas não presenciais, 51% dos supermercadistas acreditam em 2021 melhor para o setor
Se por um lado o isolamento social, por causa da pandemia, impactou setores do comércio em geral, os supermercados parecem ter conseguido fazer do limão uma limonada, ao investir em delivery e em formas de vendas não presenciais para atender aos novos hábitos. É o que indica sondagem realizada pelo Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo) com 100 empresas de todas as regiões da capital, na primeira semana de junho de 2021.
Se o medo de contágio pelo coronavírus fez o movimento de vendas presenciais cair, segundo 43% dos entrevistados, as feitas por aplicativos e o delivery aumentaram em 63% dos estabelecimentos consultados. A maioria deles (73%) sequer fazia vendas online ou por aplicativos antes da Covid-19, o que mudou com a pandemia, já que 70% passaram a oferecer essa opção.
As vendas não presenciais levaram automaticamente a um investimento em delivery e logística. A maioria dos estabelecimentos (57%) criou ou investiu em serviço de entrega própria (de carro, a pé ou bicicleta); 8% preferiram os terceirizados, enquanto 6% usam as plataformas digitais (Rappi, iFood, Uber Eats) para realizar suas entregas.
O home office e o próprio isolamento social, com a tendência de deslocamentos nas cercanias das residências, beneficiaram os mercados de bairro, na opinião de 56% dos empresários.
Como forma de se comunicar e se promover para um consumidor cada vez mais digital, 79% investem na presença em redes sociais, como Facebook e Instagram, e na venda por aplicativos, que garantem grande alcance, a um custo relativamente acessível.
Dentre as principais mudanças de hábito dos consumidores percebidas pelos supermercadistas desde o início da pandemia estão: aumento na venda de produtos básicos (38%); aumento na venda de produtos de higiene e limpeza (26%); menos itens em cada compra (18%); troca de marcas (16%) e menos tempo na loja (2,5%).
Expectativas – As mudanças de hábito adotadas pelos consumidores na pandemia devem perdurar ou serão definitivas para 57% dos entrevistados, assim como o padrão de atendimento permanecerá para 70% dos supermercadistas.
Quanto à expectativa em relação às vendas do seu próprio estabelecimento, 47% dos varejistas afirmam que devem aumentar este ano, e 35% acreditam que ficarão no mesmo patamar de 2020. Apenas 16% afirmam que diminuirão e o restante não soube avaliar. O otimismo se repete em relação ao índice de crescimento do setor, pois 51% avaliam que será positivo em 2021.
Sobre o Sincovaga
Com 90 anos de história, o Sincovaga (Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de São Paulo) representa mais de 40 mil empresas da categoria econômica do varejo de gêneros alimentícios, entre elas as que comercializam, predominantemente, alimentos, produtos de higiene pessoal e de limpeza doméstica no Estado de São Paulo.
Dentre os estabelecimentos representados estão hipermercados, supermercados, autosserviços, mercados, mercadinhos, lojas de conveniência, quitandas, mercearias, empórios, laticínios e sacolões.
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