'A indústria brasileira de plásticos precisa se unir para valorizar o produto', afirma presidente do Instituto SustenPlást
No debate final do 4º Congresso Brasileiro do Plástico (CBP), realizado nesta terça (08), com mediação de Alfredo Schimitt, especialistas e empresários do setor chegaram ao consenso de que há muitos desafios a serem superados, mas a cadeia produtiva do material precisa trabalhar unida para conscientizar a sociedade dos efeitos positivos da matéria-prima.
Ao longo do dia, o 4CBP reuniu palestrantes nacionais e do exterior para discutir sobre temas relacionados à indústria do plástico e outras temáticas envolvendo o material. Alfredo, que é presidente do Instituto SustenPlást, que promove o CBP, reforçou o motivo a escolha da data para o evento: o Dia Mundial dos Oceanos, na Semana do Meio Ambiente.
No chat ao vivo, o Alexander Turra, Professor Titular Instituto Oceanográfico da USP, o Marcos Iorio, Consultor Eco-Circular Projetos Regenerativos, o Nuno Aguiar, Diretor Técnico da APIP, o Albano Schimidt, CEO da Termotécnica, Manoel Lisboa, especialista em polímeros, Inovação e Novos Negócios, e Ronald Sasine, Consultor Principal da Hudson Windsor Assessoria Empresarial Limitada, falaram sobre variados temas, com destaque para os entraves ao avanço da Economia Circular no Brasil e a necessidade de valorização do plástico, pela própria indústria e pela sociedade.
Alfredo levantou o tema da carga tributária do Brasil, que limita em diferentes aspectos. Neste sentido, Sasine trouxe o exemplo dos Estados Unidos, onde existem as zonas de reciclagem, em que os impostos derivados da compra de maquinário, aquisição de terrenos e tudo o que se relaciona com a reciclagem recebe isenção de impostos durante um período. “Já é um grande incentivo ao avanço da reciclagem”, reforçou.
Sasine seguiu, falando sobre a percepção da sociedade sobre o plástico: “as pessoas preferem ver o plástico no fim de sua vida útil, como um problema, mas não valorizam os aspectos positivos que o envolvem.
Albano complementou: “quanto mais qualificadas as empresas brasileiras estiveram para atender a demanda local, mais competitivas serão no cenário internacional, mas temos um trabalho grande a fazer com relação aos nossos produtos, no sentido da valorização. É preciso fortalecer a indústria de transformação de plástico no Brasil, para competir com os gigantes mundiais”.
Já Marcos complementou, destacando a inovação como motor da geração de valor. “Temos que encarar que é um problema complexo. O Brasil ainda carece de iniciativas inovadoras, está defasado na geração e execução de ideias. Não falando só de embalagens, mas de processos e logística, temos que pensar no que queremos gerar de impacto positivo. Para o setor de plástico, o material é incrível, mas precisamos mostrar o real valor do material à sociedade”, frisou.
Por fim, Turra destacou iniciativas como a Bluekeepers, que incentiva ecossistemas de inovação em nível municipal, a partir de parcerias entre iniciativa privada, setor público e sociedade civil organizada. “O objetivo é ajudar que os processos sejam feitos de forma madura participativa diante da complexidade das situações de cada local e tem sido muito bem sucedida”, avaliou.
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