Após dois anos de atuação no Brasil e reconhecida como desenvolvedora de soluções fundamentais para facilitar o dia a dia dos gestores de manutenção, por meio de um sensor que alerta anomalias operacionais em equipamentos industriais, a Tractian, startup fundada em 2019 pelos sócios Igor Marinelli e Gabriel Lameirinhas, recebe a segunda rodada de investimentos. Totalizando R﹩ 17 milhões, os aportes, realizados por dois fundos principais, permitirão à Tractian buscar a liderança em soluções de manutenção preditiva no Brasil e aumentar a equipe. Em 2020, a startup levantou R﹩ 2 milhões em aportes de fundos americanos.

"Esta segunda rodada de aportes será um marco importante para conseguirmos nosso objetivo de sermos líderes no segmento de manutenção preditiva. Estamos aumentando o nosso time de 30 para 100 pessoas e ativamente olhando para boas oportunidades de aquisições estratégicas. Com isso, iremos acelerar a presença nacional para otimizar o dia a dia do gestor de manutenção.", disse Igor Marinelli, CEO da Tractian.

A rodada está sendo liderada pela DGF Investimentos e com participação expressiva da Citrino. Enquanto a primeira é um fundo de investimentos que realizou aportes na RD Station (empresa que recentemente abriu capital na Bolsa de Valores) e na Pollux Automação (empresa adquirida pela Accenture que desenvolve soluções de manufatura avançada), a segunda é um fundo de investimentos de grupos familiares do setor industrial.

"Nestes dois anos de existência, a Tractian já conseguiu inserir sua solução em indústrias extremamente importantes para a economia brasileira. Essa trajetória da empresa nos chamou a atenção, pois é nesse estilo de companhia que temos nossas premissas de investimentos: uma startup de tecnologia, receita recorrente e com soluções que cheguem a quem mais precisa. Para nós é sempre uma satisfação encontrar um time que, apesar de muito jovem, já conquistou uma grande relevância no mercado e possui potencial para crescer ainda mais", disse Frederico Greve, Partner da DGF Investimentos.

"Quando eu era diretor de operações, a vida do gestor era muito mais difícil. Tínhamos que conversar regularmente com os técnicos de manutenção via grupos de WhatsApp para que informassem as falhas e fizessem as inspeções nas máquinas. Com a ferramenta desenvolvida pela Tractian, que usa inteligência artificial para manutenção preditiva, a rotina de todos os envolvidos na operação de uma indústria ficou mais fácil", completa Marcelo Cabral, ex-CEO da Phosfaz, Mineradora do BTG, e atual Partner da Citrino.

Brasileira Executiva da Siemens em Omã também investe na Tractian

Além dos aportes realizados pelos fundos de investimentos na Tractian, outra novidade é a entrada de Cl a udia Massei , CEO da Siemens em Omã, como investidora da companhia. A executiva foi considerada a 68ª executiva mais poderosa do Oriente Médio em 2020 pela revista Forbes, e se junta ao conselho da startup.

"Hoje em dia, manutenção preditiva é, de certa forma, um luxo para empresas que querem evitar imprevistos e dores de cabeça causadas por panes em máquinas. Num futuro não tão distante, manutenção preditiva será uma questão de vantagem competitiva - será o diferencial de uma empresa que entrega o produto fabricado no dia e hora prometidos ao cliente ou aquele de uma empresa que mantém os custos operacionais dentro do orçamento planejado. Previsibilidade será chave num mundo cada vez mais digital e a tecnologia da Tractian está bem-posicionada para ajudar empresas nacionais e internacionais neste sentido", disse Cláudia Massei, CEO da Siemens em Omã.

Tractian pretende estar presente em mais de 600 indústrias nos próximos 18 meses

Atualmente, a Tractian já possui atuação em 45 indústrias de diferentes segmentos, como hospitais, shopping centers, indústrias do agronegócio, de maquinário e do ramo alimentício. "Com este aporte, temos a meta de estarmos em mais de 600 indústrias nos próximos 18 meses. Dessa forma, além de democratizar a gestão de uma indústria, já que o sensor pode ser utilizado em empresas de todos os perfis e tamanhos, estamos ajudando no desenvolvimento da economia brasileira, pois a redução de anomalias em equipamentos evitará a paralisação de uma fábrica e, consequentemente, perdas produtivas, o que impacta também no consumidor final", completa Marinelli, elencando que os dados gerados pela tecnologia desenvolvida pela Tractian são captados, interpretados e exibidos em uma plataforma.