Neurocientista diz que pós-pandemia a procura por relacionamentos pode ser exagerada
Com a pandemia a dificuldade para se relacionar aumentou, raros são os encontros amorosos. O risco de contato pessoal, tornou-se preocupante e a falta de demonstrações de afeto e carinhos físicos tem deixado a carência evidente. O neurocientista Nicolas Cesar afirma que pós-pandemia, possivelmente pode acontecer um “efeito rebote” na vida afetiva de muitas pessoas.
Existe um mecanismo no cérebro que chama sistema de recompensas, responsável por ações positivas ou negativas. Quando relacionada à sensação de prazer ou de satisfação, o cérebro aumenta a dopamina no sistema nervoso central (SNC), exaltando ainda mais o desejo e euforia. No caso de algumas pessoas, por passar um período muito longo de privação, tendem hipercompensar, exagerar na procura por alguém que supra o tempo recluso, com isso podem sofrer com as consequências do imediatismo, e não conseguir escapar das decepções amorosas.
"Períodos prolongados de solidão podem levar a uma certa desilusão com o mundo e a vida, culminando em uma tendência de isolamento cada vez maior. Pessoas que não aguentam mais a solidão e a privação, podem manifestar também em seu comportamento dificuldades (extras) para retomar o contato social", diz Nicolas Cesar.
A dica do neurocientista para se entregar ao amor, sem se machucar pós-pandemia, é se envolver com cuidado, ter autoconfiança e clareza no que deseja. Aproveitar o tempo do isolamento para se conhecer melhor, descobrir quais são as prioridades pessoais e profissionais, e não esquecer de avaliar se a outra pessoa é capaz de oferecer aquilo que busca em alguém, para não se arrepender depois.
Para saber mais sobre o neurocientista Nicolas Cesar, acesse o Instagram: @nicaolasneuro
Sobre Nicolas Cesar
Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC.
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