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Sustentabilidade como fator de competitividade para o setor brasileiro de celulose e papel

  • Segunda, 09 Novembro 2020 10:57
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Por Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel

O setor brasileiro de produção e comercialização de celulose e papel tem se constituído em um dos principais e bem-sucedidos segmentos do agronegócio nacional. Trata-se de um setor com ampla gama de atividades, que se inicia na produção de florestas plantadas de Eucalyptus e/ou Pinus para obtenção da principal de suas matérias-primas, as árvores, continuando pelas suas modernas fábricas de celulose de mercado e de papéis, culminando com a comercialização de seus produtos no Brasil e em grande parte do planeta, graças ao seu foco exportador.

Em termos históricos, pode-se dizer que grande parte de suas conquistas são recentes, pois a fabricação comercial de celulose e papel no Brasil passou a ocorrer há pouco mais de um século. Já o modelo exportador tem pouco mais de 40 anos, tendo iniciado em meados dos anos 1970. Em 2019, o setor produziu cerca de 20 milhões de toneladas de celulose e 10,5 milhões de toneladas de papel. Desses totais, foram exportadas quase 15 milhões de toneladas de celulose de mercado e 2,2 milhões de toneladas de papel.

Alguns fatores foram determinantes para esse crescimento: em 1966, foi criado pelo Governo Federal o Programa de Incentivos Fiscais ao Florestamento e Reflorestamento (PIFFR), que perdurou por 20 anos; em 1974, foi lançado o 1.º Programa Nacional de Papel e Celulose (PNPC), que tinha como metas estimular a produção de celulose e papel com foco na exportação. Em 1974, ano de lançamento do 1.º PNPC, o Brasil produzia cerca de 1,29 milhão de toneladas de celulose e 1,85 milhão de toneladas de papéis. Em 2019, 45 anos depois, a produção de celulose corresponde a 15,5 vezes mais (6,3% ao ano no período) e a de papel 5,7 vezes (3,95% ao ano no período). Ambos os produtos abastecem os mercados nacionais e se exportam excedentes.

As florestas plantadas passaram a se constituir nos alicerces desses processos de industrialização e comercialização de produtos florestais para o Brasil e para o mundo. Principalmente porque a silvicultura brasileira conseguiria tornar essas florestas plantadas em líderes mundiais em produtividade florestal. Paralelamente ao crescimento do setor, também se desenvolveram as pesquisas científicas e tecnológicas nas florestas e nas tecnologias industriais, o que tem ocorrido com a instalação ou modernização de centros de pesquisas públicos e privados para atendimento às necessidades do setor.

Talvez o mais eficiente dos fatores para rupturas na forma de gestão do setor brasileiro de base florestal plantada tenham sido os resultados da Earth Summit de 1992 – Conferência Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, aqui no Brasil conhecida como Rio-92 ou Eco-92. Dessa conferência resultaram dois importantes aceleradores: o fortalecimento do conceito de Desenvolvimento Sustentável e a importante “Declaração das Florestas”. Como consequências dessas propostas surgiram e se estabeleceram rápida e globalmente os sistemas de certificação florestal de bom manejo e logo depois de cadeia de custódia e as normas de qualidade e socioambientais da ISO – International Organization for Standardization, séries ISO 9.000 e 14.000 e da OHSAS – Occupational Health & Safety Assessment Series 18.000. O setor brasileiro de celulose e papel abraçou rapidamente esses sistemas como forma de conquistar credibilidade e visibilidade de suas ações positivas em temas socioambientais. A “vantagem escondida” desses sistemas, só descoberta ao serem utilizados, é de que a gestão empresarial fica muito mais comprometida e participativa, graças aos desafios que esses sistemas incutem e motivam nas pessoas. Também as auditorias de terceira parte agregam mais visibilidade, confiabilidade e credibilidade aos desempenhos empresariais. Ao final do milênio passado, praticamente todas as empresas do setor de celulose e papel que exportam produtos já tinham obtido ou estavam trabalhando para obter esses certificados ou selos ambientais.

Ao início dos anos 2000, o setor brasileiro de celulose e papel teve uma nova época de expansão, mas já dispondo de engenharia e de equipamentos com desempenhos muito mais ecoeficientes, com menores impactos ambientais, principalmente pela redução substancial de geração de poluentes, de reciclagem dos mesmos e de reduções de consumos específicos de insumos (água, energia, madeira) e aumento de rendimentos.

O conceito de sustentabilidade se tornou global, sendo que se passou a acreditar que a sustentabilidade é uma rota de busca sem fim, pois ela sempre precisa estar sendo aperfeiçoada conforme a ciência for evoluindo e mostrando outras realidades comprovadas sobre a natureza e sobre o ser humano no planeta.

Quem somos:

A ABTCP – Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel – é uma entidade comprometida com o desenvolvimento técnico dos profissionais da cadeia produtiva do setor de base florestal e com a evolução da competitividade das empresas atuantes neste segmento. É uma das instituições técnicas mais respeitadas do mundo em sua área de atuação, tendo conquistado título de OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público –, pela comprovação do valor gerado em capacitação e informação de alto nível ao mercado. Editora de livros e periódicos, a ABTCP mantém ainda parcerias com institutos de pesquisa e universidades que são referências em formação e informação especializadas e está à frente de definições técnicas essenciais ao setor de base florestal, como revisões das NR12 e NR13; Programa Brasil Maior; Normalização Setorial; e Políticas Nacionais de Resíduos Sólidos (PNRS) e de Recursos Hídricos (PNRH), entre outras questões importantes a uma indústria que se desenvolve ano a ano no Brasil. Incentiva debates permanentes sobre soluções de melhoria aos processos produtivos, por meio do trabalho de suas Comissões Técnicas e capacita mais de mil profissionais anualmente, promovendo o intercâmbio técnico e o relacionamento entre empresas e profissionais. Nosso objetivo, a partir da excelência operacional e de Recursos Humanos, é promover a sustentabilidade com inovação.


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