Dia Mundial do Cinema: a volta do setor no Brasil e o impacto nos direitos autorais
Ecad identifica crescimento de rendimentos do segmento de Cinema este ano até o último repasse em setembro
O Dia Mundial do Cinema é festejado nesta quinta-feira, dia 05, em todo o mundo. Mas, este ano, o mercado de produções cinematográficas viveu o impacto da pandemia do novo coronavírus, que suspendeu as atividades e fechou salas de exibição, levando o faturamento das bilheterias a zero nos cinemas. No Brasil, o setor voltou a funcionar neste segundo semestre, após a suspensão de atividades por, praticamente, seis meses. Para os detentores de direitos autorais das obras audiovisuais do segmento de Cinema, a expectativa é saber quando esse impacto chegará. Este ano, a distribuição feita pelo Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) até agora apresentou um crescimento de cerca de 12% em relação ao ano passado.
Neste ano, até a última distribuição realizada em setembro, o Ecad repassou um total de R$ 26 milhões para mais de 30 mil artistas e compositores que tiveram suas músicas tocadas em exibições cinematográficas. Já em todo o ano de 2019, a distribuição de cinema destinada à classe artística foi de R$ 23 milhões e contemplou mais de 20 mil titulares. Em dezembro, o Ecad fará a próxima distribuição desse segmento e é possível que haja um impacto na arrecadação em razão da pandemia do coronavírus, já que houve suspensão das atividades dos cinemas por alguns meses no país.
“É possível que a próxima distribuição de cinema sofra um impacto porque será referente aos meses em que as salas de exibição estiveram fechadas por conta da pandemia, mas as associações de música e o Ecad estão buscando alternativas e ações possíveis para continuar apoiando a classe artística. Além disso, já estamos atravessando uma fase de volta das atividades culturais, mesmo com algumas restrições, e a expectativa é que isso possa render bons frutos em breve”, disse a superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim.
No Brasil, a expectativa para o mercado de salas de cinema em 2020 era positiva. Tanto que a Ancine (Agência Nacional do Cinema) divulgou que o público, nos dois primeiros meses de 2020, antes da pandemia, superou 30 milhões de pagantes, com arrecadação de mais de R$ 500 milhões em bilheteria, dados superiores a 2019. Esses números tiveram um impacto positivo nos últimos repasses do segmento de Cinema feitos pelo Ecad, pois essa distribuição contempla as músicas executadas nos filmes. Nesse caso, são contemplados os titulares de direitos de autor (destinado a compositores e editoras musicais) e de direitos conexos (destinado a intérpretes, músicos e produtores fonográficos).
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