Circuito fechado no transporte intermunicipal favorece monopólio
A Amobitec, associação que representa as empresas do setor de tecnologia e mobilidade, lamenta o posicionamento da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) a respeito da Portaria que trata da regulamentação da prestação do serviço intermunicipal de transporte coletivo de passageiros sob os regimes de fretamento eventual e contínuo.
Segundo a Consulta Pública 03/2020, a norma pretende criar a restrição do circuito fechado no fretamento intermunicipal em São Paulo, obrigando que os passageiros da ida sejam os mesmos da volta e proíbe ainda a identificação dos ônibus com a marca dos aplicativos de transporte. Acreditamos que as medidas são contrárias à inovação e representam um passo atrás na regulamentação brasileira, uma das mais modernas do mundo.
Não há qualquer sentido exigir que a viagem de um cliente ou grupo de passageiros tenha o mesmo destino de ida e volta. Não funciona assim com as empresas aéreas, não há motivos para que seja desta forma com as empresas de transporte rodoviário.
A medida, proposta sem qualquer estudo de impacto prévio, não só daria um grande passo atrás quanto à atuação de aplicativos em São Paulo, como diminuiria a liberdade de escolha de pelo menos 1 milhão de passageiros e afetaria, direta ou indiretamente, a renda de pelo menos 150 mil famílias que trabalham com o setor de fretamento.
A Amobitec reafirma seu compromisso com o diálogo, de forma transparente, e colaborativa com a sociedade, e não pode compactuar com medidas que impeçam a atuação de plataformas mais ágeis e que barateiam os custos de viagens entre cidades, como é o caso da Buser. Entendemos que a medida tem como objetivo claro de manter o cartel do setor, quando, na verdade, a agência deveria se preocupar em estimular a melhoria da prestação dos serviços públicos de transporte.
Sobre a Amobitec Fundada em 2018, a Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia — Amobitec é uma associação que reúne empresas que prestam serviços tecnológicos relacionados à mobilidade de pessoas ou bens, como o aluguel de equipamentos de micromobilidade, intermediação de viagens de transporte individual privado, serviços de delivery e aplicativos voltados à produção de dados e informações aos cidadãos.
A associação tem como missão contribuir para o desenvolvimento da mobilidade integrada, por meio da interlocução ética e profissional com os agentes públicos e organizações da sociedade civil, apresentando propostas de políticas públicas e estímulo à inovação tecnológica para a melhoria do desenvolvimento urbano e da qualidade de vida.
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