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Intrapreneurs, mudar é verbo transitivo!

  • Sexta, 23 Outubro 2020 11:49
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Intrapreneur é o conceito cunhado por Gifford Pinchot III em seu livro "Intrapreneuring", de1985, atribuído aos empreendedores internos, aqueles que inovam dentro das companhias

Por Alexandre Sousa*

Criatividade é algo tão poderoso, que permite transformar por completo vidas e empresas. Nas corporações, essa transformação provoca mudanças e, dependendo do apetite ao risco, pode provocar medo naqueles que não têm propensão a mudanças, já que mudanças nos lançam num ambiente desconhecido e imprevisível.

Não há como mudar sem afetar o status quo e o ser humano é avesso a mudanças tanto quanto necessita dela – tente mudar um hábito e você atestará esta dificuldade. Mas, nas empresas, este medo atinge outro nível, pois há muito mais em jogo: market share, cotação das ações, empregos, prestígio e muitas vezes o próprio negócio em si.

Então, como promover mudanças e inovações nas companhias? É necessário encontrar e dar voz aos agentes de mudanças, os intrapreneurs. Nesse processo, é comum encontrar resistência a inovações e mudanças, principalmente em empresas acostumadas a operar da mesma forma há muito tempo. Para vencer essa objeção é preciso transparência e a demonstração de um benefício concreto que seja claro aos colaboradores, para aumentar as chances de conseguir aliados.

Assim como "mudar" é verbo transitivo, aquele que necessita de um complemento verbal para completar seu sentido, ninguém promove mudanças sozinho. É preciso apoio da liderança para inovar e criar coisas novas. E esse apoio vem na forma de três motores principais da inovação.

Senso de urgência

A verdade inconveniente é que vivemos numa sociedade líquida (conceito do sociólogo Zygmunt Bauman, em que tudo é efêmero e maleável), ou seja, o ambiente impõe mudanças, mas as metas de fim de mês exigem pragmatismo – como lidar com esse dilema? É preciso estender o olhar além do quarter e criar objetivos de longo prazo equilibrados com as urgências do presente, desafiando constantemente o status quo e incentivando os colaboradores a saírem da zona de conforto com uma visão audaciosa. É como criar um ambiente de "crise" constante. Na crise, todos ficam energizados, atentos a soluções, focados na busca de alternativas. A crise acelera mudanças, é esse o espírito da inovação e não é necessária uma instabilidade para criar esse clima positivo, ele pode ser simulado de maneira sadia, estimulando a busca do novo por meio de uma reflexão ativa.

Se a “guerra" aumenta a tecnologia, a crise também. A Covid-19 acelerou várias mudanças: na Telemedicina, a regulamentação estava na gaveta do Congresso Nacional desde os anos 90; o ensino online tinha restrições e as compras virtuais eram alvo de desconfiança de grande parte da população, o que mudou de alguns meses para cá.

Tolerância ao erro

Errar é humano, todos já ouviram esse ditado pelo menos uma vez, mas quando entramos nas empresas somos ungidos a condição de perfeição divina e impedidos de cometer erros. Como inovar num ambiente assim, se inovar impõe a condição de fracasso já que estamos entrando num terreno inexplorado, onde tudo é inédito?

Quem não pode errar segue as regras e isso inibe a inovação. Vivemos muito tempo sob a égide do Six Sigma e outras metodologias que visam a minimização do erro que as mentes ficaram cauterizadas, o erro passou a ser visto como um mal a ser extirpado. Por outro lado, nos últimos tempos houve uma glamourização do erro, a balança pendeu para o outro lado, o que é comum quando surge um conceito novo, mas agora que as coisas já se assentaram, fica mais claro que não podemos exaltar o erro pelo erro.

Assim, errar no básico ou na rotina não acrescenta, o erro que vale pena é aquele que traz aprendizado, aquele que lida com situações inéditas; este gera aprendizado contínuo e uma prontidão para ação que permite a correção de rota e o ajuste fino para criar melhorias e transformação gradual e perene.

É preciso ter disciplina para não julgar antes da hora e minar ideias já no nascedouro e assim criar uma cultura e liberdade quase subversiva de apontar para o desconhecido, trilhar um caminho nunca desbravado, buscar materializar o que ninguém jamais deu vida. Essa inquietude de alma e coração típica das mentes inventivas é condição para aflorar a capacidade criativa do ser humano na solução de problemas.

Desenvolver senso de responsabilidade nas pessoas requer ideação criativa e experimentação rigorosa para transformar surpresa em antecipação consciente com processos centrados no ser humano.

Flexibilidade cognitiva

Experimentação e inovação requerem desprendimento. Só é possível alcançar novos horizontes se ousarmos deixar a terra firme e a segurança do conhecido e estável. A confiança em planos cuidadosamente elaborados e precisos resulta em produtividade e eficiência no presente, mas não garante o futuro. Como sinalizado anteriormente, vivemos em um mundo líquido com organizações rígidas e é preciso que as estruturas organizacionais sejam simultaneamente flexíveis e rígidas. Sempre que investimos muito tempo planejando, criamos apego. Por isso, é doloroso ver uma necessidade de mudança e ter que jogar esse trabalho fora, parece desperdício.

As novas ideias estão em todo lugar, é fundamental permitir que elas aflorem reduzindo o rigor burocrático, abrindo espaço e tempo, mas, sobretudo, a aceitação de novas visões sobre o mesmo fato. Nesse sentido, sobressai a importância de quebrar conceitos arraigados e ter a coragem de aceitar um novo significado para algo consolidado. Como disse Einstein, uma mente que se abre para algo novo, nunca mais é a mesma.

Ordem sem progresso é inútil e progresso sem ordem é limitado

O desenvolvimento de ideias requer um processo de experimentação que começa na divergência e termina na convergência para chegar a um resultado útil – o primeiro usa o pensamento lateral (criado pelo psicólogo Edward de Bono) que diverge, busca referências, cenários, e amplia as possibilidades; e o outro o pensamento vertical, que converge, conclui e restringe para se aprofundar em um único caminho.

Não podemos abrir mão de nenhum dos dois, mas também não podemos inverter a ordem!

*Alexandre Sousa é Gerente de Portfólio da eCOMEX-NSI.

Sobre a eCOMEX

Fundada em 1986, a NSI, agora eCOMEX, desenvolve aplicativos para otimização da gestão de processos de comércio exterior. Primeira empresa no Brasil a integrar seus aplicativos aos principais sistemas ERPs do mercado e a disponibilizar uma aplicação 100% WEB para gestão do comércio exterior. A companhia é integrante do Grupo Cassis, que conta com mais de 250 colaboradores e 3 mil clientes em todo o Brasil.


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