Leon Ades e um ofício que atravessa gerações: a Marcenaria
Na contramão das profissões do momento, uma parte da nova geração tem olhado para trás em busca de ofícios quase extintos em que o tempo e o fazer manual oferecem disposição para o criar e o desempenhar de forma livre e com identidade própria. Com Leon Ades, um jovem designer de 25 anos, a história é exatamente esta. Depois de cursar dois anos de arquitetura em São Paulo, aos 20 anos, ainda não satisfeito com sua escolha, buscou refúgio na Austrália e, durante sua estadia, descobriu a marcenaria.
O interesse fez com que ele viajasse através do continente para aprender a arte do trabalho com a madeira. Um caminho totalmente inverso da maior parte das pessoas que procuram sempre a Europa para a aprender ofícios antigos. “Embora a Nova Zelândia tenha uma influência muito forte da Inglaterra com seus ricos detalhes, pude compreender e assimilar técnicas, ter referências de trabalhos e mestres nativos”, diz Leon.
De volta ao Brasil, o designer se dedica intensamente à criação de móveis e os desempenha com virtuose em sua oficina no bairro da Barra Funda, utilizando técnicas milenares para materializar ideias contemporâneas. “Sempre busco em meus desenhos algo que flerte tanto com o geométrico e racional quanto as curvas e a organicidade em um processo que viaja entre o bruto e o delicado”, completa. Leon faz uma mescla entre o traço racional e a beleza natural das curvas da madeira, em uma composição única e poética.
O designer acredita ainda que seu trabalho tem grande responsabilidade social, por isso utiliza o conceito “Cradle to Cradle” em todas as suas criações e afirma que todo profissional pode ser um agente de transformação de hábitos entre as pessoas.
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