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Ataques como o de Botucatu expõem dificuldade de antever os crimes; especialista conta em livro como combatê-los

  • Quinta, 06 Agosto 2020 11:29
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Fernando Oliveira
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Em Mamba Negra, lançado pela Editora Alfacon, Eduardo Bettini, coordenador-geral de fronteiras do Ministério da Justiça, compartilha as dificuldades e as estratégias no combate ao “novo cangaço”

As recentes cenas de terror na cidade de Botucatu, interior de São Paulo, reascenderam a discussão sobre a frequência com que ataques como esse tiveram nos últimos anos, principalmente em cidades pequenas e médias do Sudeste e do Sul. Só no ano passado, o estado de São Paulo registrou 21 roubos a bancos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública. Até junho deste ano, a pasta já tinha contabilizado 14 novos ataques.

Crimes com esse estilo de violência são conhecidos popularmente como "novo cangaço", pelas táticas usadas pelos criminosos. O termo surgiu no final dos anos 1990 quando grupos de pessoas passaram a invadir cidades do sertão nordestino para saquear bancos e carros-fortes. As ações, bastante violentas, terminavam em tiroteios, mortes de policiais e civis inocentes, e uma mudança profunda na rotina das cidades atacadas.

Em sua maioria, os assaltos ocorrem durante a madrugada, quando as ruas e o comércio estão vazios. Vias de acesso ao local do roubo são fechadas e membros da quadrilha ocupam locais estratégicos para impedir a aproximação de policiais ou da população – algumas vezes usados como escudos humanos. “O que chama mais atenção nesses casos é a falta de infraestrutura e contingente adequados para não só combater, mas também antever as ações dos criminosos”, afirma Eduardo Bettini, coordenador-geral de fronteiras do Ministério da Justiça.

Bettini conta que passou por experiências como essa e que o trauma causado na população dessas cidades é incalculável. Em abril de 2019, a cidade de Terra Rica, no Paraná, com pouco mais de 15 mil habitantes, também foi alvo de ataques de um grupo de 20 pessoas que explodiram e assaltaram os bancos da região.

Agente da Polícia Federal na época, Bettini explica que a operação levou um ano para alcançar a quadrilha, que já tinha feito ataques nas cidades de Cruzeiro, em São Paulo, e Alvorada do Sul, no Paraná, onde aconteceu um confronto que rendeu a prisão de 14 pessoas e a apreensão de mais de R$ 130 mil. Toda a trajetória de investigação e combate está documentada no livro Mamba Negra, divulgada pela Editora AlfaCon.

A operação também é um marco para o campo da inteligência policial, uma vez que serviu de base para o desenvolvimento de uma nova metodologia de combate ao crime organizado, e que completa um ano de vigência dentro das políticas do Ministério da Justiça. O programa VIGIA, que conta com a adesão de mais 1.500 profissionais da Segurança Pública de todo o país, ganhou destaque ao ter proporcionado um prejuízo de mais de R$ 750 milhões às organizações criminosas.

A metodologia atua nos eixos de operação, capacitação, aquisição de equipamentos, integração de sistemas e bases operacionais federais e estaduais no combate ao tráfico de drogas e contrabando nas regiões de fronteira.

Ficha técnica:
Mamba Negra – o combate ao novo cangaço
Autor: Eduardo Bettini
Páginas: 296
Preço: R$ 49,90
Editora AlfaCon

Sobre a Editora AlfaCon: Há cinco anos no mercado, a editora AlfaCon é conhecida pela sua produção de materiais para a preparação de candidatos para concursos públicos. Depois de entrar em outros ramos da educação, como na área jurídica, livros para o Enem, negócios e desenvolvimento pessoal, a editora decidiu focar em conectar diferentes plataformas para aprofundar e potencializar o desenvolvimento dos alunos com o apoio dos seus livros.

Sobre Eduardo Bettini: Ocupa atualmente o cargo de Coordenador-Geral de Fronteiras (CGFRON) da Secretaria de Operações Integradas – SEOPI do Ministério da Justiça e Segurança Pública – MJSP. A missão agora é consolidar e expandir a nível Nacional a síntese de uma vida dedicada as operações e ao estudo doutrinário delas: O Programa V.I.G.I.A (Vigilância, Integração, Governança, Interoperabilidade e Autonomia) de Segurança Nacional das Fronteiras e Divisas.


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