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Sindicatos de todo o Brasil tentam sobreviver à crise

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Armando Luís Francisco
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Armando Luís Francisco Armando Luís Francisco

Os sindicatos dos trabalhadores do país passam por sufoco financeiro. Os sindicatos patronais, idem, mas muito menos. Assim, o motivo é simples, as fontes financeiras de manutenção dos mesmos representantes diminuíram ou secaram. Entretanto, tudo isso aumentou negativamente quando o presidente Temer - com a minirreforma trabalhista de 2017 - deu fim ao Imposto Sindical.

Hoje, há um clamor pela volta do Imposto Sindical obrigatório. Porém, enquanto isso não acontece, há a necessidade de inovação. Em todos eles, sejam patronais ou não, o objetivo é manter a estrutura. Fora isso, todos sabemos que para manter o poder é necessário dinheiro, que gera poder e mais despesas.

Uma das premissas de existir qualquer sindicato é trabalhar com isenção e sem vinculação para obter a representatividade para uma classe, categoria ou meio empresarial qualquer. Outrossim, com o esvaziamento dessas condições de arrecadação pelo imposto, que deveriam isolar as atividades e manter sua independência, essas premissas se mostram ameaçadas.

Por virtude disso, nunca discuti aqui uma série sobre a necessidade de defender ou não esse imposto. Porém, sou claro em dizer que não há lógica em o sindicato não ser mantido pelos sócios, pois são os representados que deveriam manter os sindicatos representantes, portanto, com contribuições.

Na nossa profissão, data venia maxima, sempre houve um erro: a adesão de poucos associados aos sindicatos. De certa forma, é uma estratégia política que sempre funcionou! Porém, tem suas consequências. E elas vieram, bateram na porta e se instalaram na sala: a quase totalidade dos profissionais não está querendo nem se associar e nem pagar o referido imposto.

Felizmente, não poderia dizer que foi (ou é) uma má estratégia, porque depende muito do lado e do ângulo da visão. Afinal, quem está lá gosta deste modelo e quem não está lá, apesar da crítica à disputa anterior para entrar, talvez quisesse manter a mesma coisa. Afinal, sindicato é política pura!

E não nego que os nossos sindicatos são muito bons e peritos em política, mas não concordo quando o fato é a sobrevivência do pequeno empreendedor. Nesse ponto, há um absurdo de empenho e conhecimento sobre esse dom político; mas, novamente, estão em baixa, apesar dos jabutis que acompanho e do conhecimento que tenho sobre todas as ações no legislativo e executivo, mas eu evito divulgar essas coisas de menor importância para nós os corretores. Porque não adianta orar por uma pessoa com fome, primeiro trate de alimentá-la.

Hoje, há uma corrida contra o tempo em nossa profissão. Hoje, ainda, estamos em números maiores que 130 mil registros, mas esses indicadores de profissionais ativos são bem menores. A nossa identidade é composta de PJ e PN. E toda PJ precisa de uma PN para existir. Então, menos da metade, e muito menor é a triste realidade. Conceitualmente, os sócios dos sindicatos, acredito, são menos de 5%. E a nossa entrada na política é terceirizada com políticos, com gancho talvez em outro meio sindical. Hoje, fato que faz muito tempo não acontecia, não temos nenhum representante direto na casa legislativa ou no segundo escalão do governo, que é por si uma triste realidade. Ainda mais, boa parte dos privilégios foram retirados, mas recuperados em parte.

E isso não me deixa alegre, muito ao contrário. Apesar dos meus 62 anos, sempre vou querer que a nossa profissão avance e se destaque na política e no termo empresarial. Ainda que não exista juventude em nossa profissão, pois ela está envelhecendo muito rapidamente. E a idade pode impedir o termo tecnológico, necessário para os parceiros seguradores e para uma profissão que quer alcançar seus objetivos. Felizmente, somos o maior canal de vendas de seguros quiçá da América Latina, mas isoladamente em números de pequenos corretores, estamos devendo e muito na produção. Faltando de tudo: educação securitária, modelo de negócios, administração e plano de crescimento empresarial. Tudo isso, também diluído na dificuldade para empresariar no Brasil.

Fico triste, novamente, porque não sabemos usar o tempo para ressuscitar uma profissão. A verdade é que talvez não se saiba fazer isso mesmo. Com mais pedidos de desculpas, vejo muita carência, ações que não culminam com essa revitalização da profissão. Porque os caminhos são antigos, estruturados para isso que vemos - com vênia, talvez inadequados, muito rebuscados ao som da coroa caindo de D. Pedro II e mais festivos e informativos do que inovadores. A vertente mais opinativa que tenho é que talvez estejamos ilhados.

Sobre isso, vejo muitas pessoas falando em seguro digital. Também ouço a perícia de muitos inovadores em nosso meio, mas a pergunta é: para quem? Todo mundo acha bonito, inovador e pulsante, mas quem vai fazer? Os inovadores? Um grupinho de gente que está se arriscando nisso? Quando boa parte das corretoras nem um modelo de negócios possui? Se isso é verdade, então, porque não iniciar diferente? Mas eu já disse antes que talvez não se perceba que o modelo atual está completamente errado e quem entende disso, como outros que me lêem, vão informar a mesma coisa.

Afinal, quem mais perde com o corretor ilhado? A resposta da perda maior é para as seguradoras, que ainda, bem ou mal, acreditam no corretor.

Como o meu ângulo é o do corretor, ter o poder simplesmente para reivindicações judiciais como no STF, para fazer ou não pode não ser a nossa premissa agora. Ou ter um modelo que simplesmente fecha para qualquer outra atitude fora do núcleo duro; ou para não interferir em questões apropriadas para este público, não condiz com a necessidade, porque não significa que os parceiros econômicos estão ganhando; ou que a política do momento esteja vencendo; tenho plena convicção que estão perdendo! Mas é justamente por nos fecharmos que mais de 95% dos profissionais estão fora!

Ainda acredito em lideranças e em modelos empresariais que elevem a nossa percepção. Por que o meu falar diz respeito à fala que não quer ser ouvida, que é a voz da maioria, que justamente está fora, mas obrigado a reverência e a Lei, mas de braços cruzados!

Realmente, a minha fé é que se abram os olhos para o que há de necessidade do profissional que se quer defender. Eles são os maiores motivos para a existência de todo o resto. E são eles que são os dependentes, por isso são os representados, que deveriam ser quem deveriam ser ouvidos.

Armando Luís Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros


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