Como ser empreendedor e alcançar o sucesso em uma startup de serviços

Muitos empreendedores têm uma grande ideia e esperam ganhar milhões com ela, mas muitas vezes não conseguem transformá-la em um negócio de sucesso. Por exemplo, uma startup evita a burocracia do plano de negócio tradicional para buscar mais agilidade nos processos. Mas isso não significa que a startup ignora o modelo tradicional, porque no decorrer desse percurso os demais processos surgem e se integram, firmando o negócio como uma empresa estabilizada.

O fato é que, para os empreendedores, uma ideia que aparentava ser absurda ou mesmo diferente passa a ser inovadora e então mais um negócio de sucesso nasce. Por outro lado, compreender como ocorre essa transformação de ideias em negócio lucrativo não é tão simples.

Muitas empresas nascem e morrem todos os anos. Só tem sucesso quem não desiste. É traçado um objetivo, se investe tempo e dinheiro em um produto ou serviço, porém isso não é garantia que terá o resultado esperado. A questão é até que ponto vale a pena insistir no mesmo foco. A mudança muitas vezes não é fácil, mas é necessária, entender que o produto ou serviço que foi imaginado e não deu certo não é uma perda total. Pode-se aprender com isso e até mesmo trabalhar uma estratégia no desenvolvimento dos seus clientes.

É isso que fazemos com frequência. Trabalhamos muito, avançamos, paramos, revemos algumas etapas, mudamos de ideia, começamos de novo, retomamos o crescimento. É um ciclo que não tem fim porque sempre é possível melhorar tanto o serviço, quanto o atendimento, faturamento etc.

Com o aprendizado concluído, é hora de ganhar escalabilidade, crescer rapidamente sem que se tenha um grande investimento para essa expansão. A ideia é ter uma proporção de gasto menor que a do crescimento, o que pode trazer um retorno bem mais lucrativo.

Como o dinheiro investido na abertura do negócio geralmente é curto é bastante comum a procura por um investidor anjo ou uma aceleradora. Para isso é preciso muito preparo, muito ensaio e domínio do pitch matador para convencer os investidores que o negócio vale a pena.

Na minha experiência como sócio-fundador da Marmotex, startup de serviço, com um modelo marketplace de negócio, sei que os clientes estão no centro da cadeia. Eles produzem valor para outros usuários.

Criamos o nosso próprio modelo de trabalho, que talvez não funcione para outras startups. Para melhorar a interação e a comunicação interna, por exemplo, todas as áreas se concentram na mesma sala e estabelecemos procedimentos que delimitaram os papéis e obrigações de cada equipe. O head da área é responsável por definir as atividades e deveres do seu grupo, os acompanhando e ajudando quando necessário. Também utilizamos ferramentas de organização, assim todos têm o controle e acompanhamento necessários de todo o processo.

Todas as demandas externas, principalmente relacionadas ao cliente são repassadas para o atendimento, que também é responsável por contatá-los e cultivar o bom relacionamento com eles.

Como o cliente é sempre nosso foco, criamos parcerias que concentram as diretrizes que adotamos e que possam agregar valor à nossa marca, além de satisfazer nosso cliente. Nós nos relacionamos com parceiros que tenham identidade similar à nossa, como a Eureciclo, que defende a bandeira da reciclagem e proteção ao meio ambiente, e a Gloops, que criou um refrigerante saudável.

Sempre colocamos o relacionamento com o nosso público como a parte mais importante da startup. Essa ligação se mostrou efetiva para criar a identificação com a nossa marca.

Também realizamos pesquisas esporádicas de satisfação, que indicam a aceitação da grande maioria do público e o foco no ótimo atendimento se mostrou como um dos grandes destaques nessas pesquisas. Entendemos a importância do valor emocional para fidelizar nosso público, assim, nos esforçamos para fazer parte da vida deles. Seja pelas mídias sociais, pelo email marketing, pelo Whatsapp e até pela entrega, quando nos propomos a manter uma relação de amizade com nossos clientes, cumprimentamos pelo nome e nos esforçamos para solidificar a relação emocional.

Enfim, sou muito grato e privilegiado por tocar a Marmotex. O aprendizado é diário e o desafio é grande, principalmente quando se trabalha com inovação. Ao mostrar um novo produto/serviço também estamos ensinando novos hábitos para as pessoas. É preciso oferecer algo que seja, no mínimo, 10 vezes melhor do que já se tem. Com certeza ainda estamos afinando nosso modelo de negócio em todas as áreas, se adequando com a demanda e expectativas da balança do marketplace. Mas uma coisa é certa: não podemos esquecer de seguir a sequência People -> Product -> Profits.