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Startups: 12 especialistas apontam tendências para 2024

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Criação de distritos de inovação, investimentos em sociobioeconomia e valorização da saúde mental estão no radar dos empresários para este ano

Depois de um ano marcado por avanços significativos na utilização de tecnologia, principalmente com relação à inteligência artificial, 2024 abre um novo leque de oportunidades para as startups. Ouvimos a opinião de especialistas na área de tecnologia em diferentes segmentos para apontar quais soluções e inovações deverão ser destaque no universo das startups e scale-ups ao longo deste ano. Veja as principais tendências:

Distritos de inovação

A criação de distritos de inovação, áreas geográficas que unem diversos setores, já vem sendo adotada ao redor do mundo e deve ganhar ainda mais fôlego em 2024. Cidades como Bolonha e Barcelona apostaram nos distritos como forma de revitalização urbana. Pedro Valério, CEO do Instituto Caldeira, destaca o potencial para o desenvolvimento urbano quando há sinergia entre os setores privado e público, além das instituições de ensino. A criação de ambientes que ofereçam alto adensamento de empreendedores e novos talentos contribui na criação de um centro gravitacional para o desenvolvimento econômico social, além da geração de valor e de novas oportunidades. “Essa simbiose entre as startups, empresas e demais entusiastas da inovação, cria grandes transformações urbanas e novas janelas de oportunidades, como as quais temos observado no 4° Distrito em Porto Alegre: a ressignificação de uma região a partir da colaboração entre diferentes atores do ecossistema cria uma visão positiva e propositiva sobre tudo que uma cidade pode ser", complementa Valério.

Crescimento do CVC e aposta em negócios de impacto

Em 2024, os investimentos de corporações no setor de inovação devem ter um destaque ainda maior para os negócios dedicados à sustentabilidade. O CEO e fundador da Triven, empresa de serviços de backoffice financeiros e de RH para startups, Fernando Trota, avalia que o CVC (Corporare Venture Capital) deve ganhar mais força. “As startups brasileiras já receberam mais de R$ 10 bilhões em recursos vindos deste modelo. O crescimento é tão expressivo que já existe a Associação Brasileira de CVCs. Temos assistido o diálogo com investidores e eles vêm deixando cada vez mais evidente que estão de portas mais abertas a empresas em breakeven ou a caminho de breakeven”, diz. O CEO afirma que 2024 será um bom ano para o Venture Capital, pois tanto os fundadores de startups quanto os investidores na América Latina projetam maior liquidez no mercado. “90% dos investidores dizem que 2024 será melhor, segundo um estudo recente da Latitud”, aponta Fernando. Ele completa que os negócios de impacto, como Ed Techs e negócios relacionados a ESG, como as Deep Techs, devem ter um crescimento intenso nos próximos anos.

Startups que atuam na sociobioeconomia

A sociobioeconomia é um conceito que leva em conta os vínculos entre a biodiversidade e os sistemas socioculturais; utilizando cadeias de produção sustentáveis, valorizando o conhecimento das comunidades tradicionais, estimulando a criação de empregos e a geração de renda. Ainda existe, porém, uma lacuna entre a oferta de produtos da sociobioeconomia e as necessidades do mercado. É aí que surge uma oportunidade para startups inovadoras, que vêm atuando nos elos intermediários das cadeias de suprimentos; diversificando a demanda, superando desafios de escala e logística, e conectando florestas e comunidades a cadeias globais sustentáveis. "Esse tipo de inovação desempenha um papel transformador, impulsionando a bioeconomia em direção ao seu pleno potencial", diz Janice Maciel, coordenadora da Plataforma Jornada Amazônia, projeto que busca fortalecer um pipeline de startups inovadoras na região. "A abordagem da bioeconomia apresenta um amplo espectro de oportunidades para gerar produtos inovadores, promover o crescimento econômico sustentável, e preservar a diversidade biológica, cultural e social."

Impactos da Resolução CVM 175 para os fundos de investimento

A Resolução CVM 175 é um marco recente na regulação de fundos de investimento no Brasil, indicando tendências para 2024. “As mudanças são importantes para garantir a governança e maturidade do ecossistema. No entanto, existem desafios no cascateamento das classes de cotas, que ainda não tem suporte tecnológico para implementação, e na concentração de gestores”, destaca Rafael Moreira, CEO e fundador da Bertha Capital, gestora de investimentos que conecta corporações ao mercado de capitais e startups. Autorizado pela CVM, o cascateamento possibilita diferentes classes de cotas no mesmo fundo, conferindo a cada uma direitos e obrigações específicos, facilitando a criação de portfólios diversificados para atrair investidores sem a necessidade de fundos separados. A Resolução também intensifica a complexidade para gestores, exigindo diligência e monitoramento de ativos, podendo resultar em concentração, desafiando os menores a atenderem aos novos requisitos, levando a fusões ou fechamento.
Startups bem estruturadas terão mais oportunidades em M&A

As startups que "arrumaram a casa" - no sentido de governança, boas práticas contábeis, financeiras e de pessoas - ao longo deste ano, devem fechar bons deals em 2024, segundo Rafael Assunção, founder e managing partner da Questum, assessoria de M&A e investimentos em startups. Ainda que 2022 tenha sido marcado por uma desaceleração das transações de M&A com startups, 2023 tem se mostrado um ano de retomada - segundo a consultoria PWC, até maio deste ano foram anunciadas 509 transações de M&A apenas no Brasil. Com expectativas de um cenário macroeconômico com menos incertezas e mais capital disponível para o exit, 2024 deve ser positivo para a geração de bons negócios. “Não tivemos um IPO nos últimos dois anos, mas o mercado continuou ativo, com negócios inovadores surgindo e a IA ganhando cada vez mais espaço. A tendência agora é que o mercado continue nessa crescente, com previsões positivas para empresas que se prepararam e investiram tempo e esforço em gestão e governança, especialmente para as empresas de tecnologia”, diz o especialista.

Capacitação e networking continuam sendo essenciais para acelerar startups

Alexandre Souza, coordenador do Sebrae Startups, destaca que as oportunidades de mercado no Brasil se mostram mais positivas para 2024. Entretanto, segundo ele, há maiores possibilidades de captação de recursos pelas startups que investem em conhecimento e networking. “É verdade que existem ainda investidores e empresas conservadoras, mas não podemos negar que as startups são essenciais para manter a economia girando no país”, diz Souza. Prova disso é que, ao analisar 4.663 negócios cadastrados no Observatório Sebrae Startups, é possível observar que o faturamento anual de 60,2% delas gira em torno de R$81 mil e R$4,8 milhões. “É inegável o impacto que as startups possuem na nossa economia, mas é preciso que os empreendedores busquem continuamente por capacitação, mentorias, networking e participem de seus ecossistemas locais para continuar mostrando que diferentes modelos de negócios fazem a diferença no contexto socioeconômico brasileiro”.

Fintechs e os hubs de tecnologia

A integração também aparece entre as principais tendências quando o assunto são as fintechs. Em 2024, os sistemas que funcionam como hubs de tecnologia, unindo em uma mesma plataforma diferentes funcionalidades, devem ganhar ainda mais espaço. “O setor financeiro tem algumas particularidades que exigem esse tipo de solução. Tecnologias que funcionem de forma integrada, unindo uma solução de core banking e internet banking, por exemplo, com um trabalho de consultoria regulatória, têm sido cada vez mais valorizadas”, explica Felipe Santiago, CEO da CashWay, techfin de Florianópolis/SC. Além de ser mais conveniente, a integração de diferentes funcionalidades em uma única plataforma proporciona maior eficiência operacional, permitindo que as fintechs otimizem processos e reduzam custos. “Outro ponto é a segurança, preocupação central no setor financeiro. Esse tipo de solução costuma proporcionar um ambiente mais robusto e resiliente contra ameaças cibernéticas, garantindo a proteção dos dados financeiros”, complementa Felipe.

Aceleração de fintechs

De acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre 2018 e 2021, o setor fintech da América Latina teve um crescimento de 112%. No último ano, a informação divulgada pelo Distrito relatava que as fintechs brasileiras captaram R$9 bilhões em investimentos, sendo a maioria em rodadas seed. Marcos Mueller, CEO da Darwin Startups, comenta que para 2024, alguns pontos devem favorecer um cenário positivo. “A retomada do ânimo da indústria de investimentos é a principal notícia e as fintechs devem liderar em volume de capital e em quantidade de operações. Vale também destacar os novos produtos e serviços financeiros, utilizando IA Generativa, e o movimento do Banco Central com a criação do Real Digital (DREX) que movimentam bastante o setor”, complementa Mueller.

Tecnologia a serviço da saúde mental

O mundo está imerso na hiperconexão e na inteligência artificial, o que gera uma questão central: como preservar o lado humano? Cada vez mais pessoas buscam soluções personalizadas e uma conexão humana, mesmo que virtualmente - e a tecnologia pode contribuir para isso. Com isso, a busca por formas de prevenção e cuidado crescem no ambiente corporativo e na sociedade em geral. Liana Chiaradia e Rodrigo Roncaglio, founders do Guia da Alma, plataforma de saúde mental, identificam como tendência para 2024 a busca por soluções que promovam o bem-estar, tanto individual, quanto organizacional, combinando tecnologia e humanização. "A tecnologia evolui rapidamente e precisamos aprender a usá-la a nosso favor, de maneira saudável. Muitos problemas de saúde mental estão ligados ao uso inadequado e excessivo da tecnologia. No entanto, ao mesmo tempo, ela pode ser uma aliada valiosa, proporcionando, por exemplo, terapia online onde quer que você esteja", destaca Liana.

Contabilidade: automação de processos

Para Guilherme Pessoa, CEO da Dattos, plataforma de automação de análises financeiras, a automatização de processos será a grande tendência do setor em 2024. Segundo o executivo, casos como Americanas e Magalu colocaram o segmento contábil sob uma lupa e as equipes precisarão garantir a segurança dos processos para preservar a sustentabilidade financeira e a reputação das empresas. Porém, fazer isso sem automatizar as tarefas do dia a dia será impossível devido ao aumento crescente dos dados administrados pela área. “Dados da consultoria EY mostram que o volume de dados está crescendo 63% ao mês em grandes empresas. Se tudo isso for administrado manualmente, a qualidade do trabalho será comprometida e a empresa ficará exposta a erros. Quem não automatizar seus processos em 2024 vai ficar para trás”, afirma Guilherme.

Programas de fidelidade customizáveis

O percentual de pessoas que preferem realizar compras em marcas que oferecem programas de fidelidade passou de 72%, em 2022, para 85,2% em 2023. O dado é da pesquisa "Panorama da Fidelização no Brasil 2023", que ouviu 2.317 pessoas, e indica a expansão dos programas de benefícios em 2024. Jonatan da Costa, CEO da Área Central, líder em tecnologia e inteligência para negócios, afirma que antes esse mercado ficava restrito aos grandes varejistas, que investiam alto para criar seus próprios benefícios. Enquanto isso, as PMEs não tinham ferramentas para obter estratégias bem definidas para atrair e reter clientes e mantinham controle manual de informações, o que dificultava a análise sobre produtos, estoques e comportamento de compra do cliente. "Hoje, com os aplicativos “white label” é possível qualquer empreendedor oferecer benefícios (cashback, clube de vantagens, descontos e programas de pontos) de forma simples, rápida, barata e eficaz, facilitando o avanço do segmento neste ano", indica.

Aprimoramento da experiência do viajante

A redução de custos segue sendo a prioridade das empresas no que diz respeito à gestão de viagens corporativas, segundo indicou a pesquisa GBTA Business Travel Index Outlook: 62% das companhias apontaram essa métrica como a mais importante para se avaliar o sucesso de seus programas de viagens. Mas há outro dado que vem ganhando cada vez mais força: a experiência do viajante, indicada como prioridade por 32% dos respondentes. "Percebemos que, após a pandemia, as empresas passaram a prestar mais atenção na saúde e na segurança do viajante corporativo, o que acabou se transformando em uma maior preocupação com a experiência do viajante como um todo", explica Guilherme Rizzi, Diretor Travel da Paytrack, scale-up especializada em gestão de despesas e viagens corporativas. "Aprimorar a experiência de viajar não implica necessariamente em oferecer hotéis ou voos mais caros. O viajante corporativo procura praticidade e segurança, e quer se preocupar o mínimo possível com planejamento e organização. Ter o suporte necessário tanto antes quanto durante a viagem é um dos principais meios para elevar a satisfação do colaborador nesse sentido."


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