Como tornar a logística inteligente pós-pandemia reduzindo custos e aumentando a lucratividade
por Fabrício Santos*
Os custos logísticos são determinados pelos gastos com transporte, estoque, armazenagem e serviços administrativos. Somados, eles comprometem mais de 12% do PIB do País, de acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT).
Considerando que, diante da pandemia do Coronavírus, o faturamento do e-commerce brasileiro em abril cresceu 81% na comparação com o mesmo período do ano passado, é possível presumir que os gastos logísticos também aumentaram a partir da maior adoção dessa modalidade de vendas.
Os dados acima fazem parte do estudo da Compre&Confie, que também registrou 24,5 milhões de compras on-line, quase o dobro da quantidade registrada em abril de 2019. Em meio a este crescimento, tornou-se imprescindível garantir a eficiência das entregas, aliada à redução dos custos da operação.
Apesar de vivermos um período de busca por digitalização de processos, sobretudo após a pandemia, que está forçando as empresas a reverem seus processos logísticos para suprir o aumento da demanda com comodidade e segurança, o setor logístico ainda é considerado conservador.
Por isso, o primeiro passo para a redução de custos logísticos é a mudança de mentalidade. A logística de 20 ou 30 anos, ainda que satisfatória para algumas organizações, não é uma prática efetiva para os dias de hoje. Atualmente, o cliente está mais exigente no que tange à conveniência, visibilidade, interação e segurança. Portanto, é necessária uma logística otimizada, que preconiza uma gestão com softwares, cujo uso trará também redução de custos e, consequentemente, mais lucro.
Agora que já sabemos as razões para a mudança de pensamento na adesão de uma logística digital, vamos às dicas para diminuir os gastos, controlando fatores que podem interferir no custo logístico de uma organização.
1 — Tenha visibilidade de seus produtos para uma gestão eficaz e ágil: dentro dos centros de distribuição, a gestão inteligente dos produtos é essencial para corroborar com processos eficientes de separação e reduzir perdas e avarias. Um sistema de gerenciamento de armazém fornece um mapa dos estoques, trazendo visibilidade dos itens e ajudando a ganhar agilidade na montagem dos pedidos, além de evitar erros e retrabalhos. Com o sistema, ganha-se também mais tempo para o preparo de pedidos, aumentando a qualidade e confiabilidade desse processo.
2 — Alcance a competitividade e garanta um cliente satisfeito com uma malha de entrega inteligente: reduzir o tempo percorrido entre a expedição e o recebimento pelo cliente ajuda a diminuir os custos logísticos. Quanto menor for o tempo, menor será o custo. Para controlar esse fator, um sistema de gerenciamento de transportes planeja rotas de entrega com eficiência, sempre visando o menor custo e maior agilidade para atendimento dos clientes.
3 — Faça o controle de indicadores para melhorar o desempenho da logística de transporte: gastos externos correspondem a 60% dos custos logísticos e são compostos por pedágios, pessoas, combustíveis e caminhões (veículos, manutenção, combustível e pneus). Por isso, é importante ter estes indicadores controlados. Com um sistema de gestão de entrega, que fica entre os sistemas de gestão empresarial (ERP) e o de gerenciamento de transporte (TMS), é possível rastrear velocidade, fretes, gestão de entrega em tempo real e controle da frota.
É perceptível que a logística atual está mais relacionada a uma nova forma de gestão do que de inserção de métodos e ferramentas. Empresas de qualquer porte devem elaborar um plano de logística estratégico para definir a maneira como desejam atender seus clientes, reduzir custos e aumentar a lucratividade. Colocar este novo modelo de gestão em prática requer uma mudança de mentalidade na forma como os processos logísticos são administrados. Entendendo isso, a implementação de sistemas é um passo inevitável e, quando bem coordenado, acertado.
*Fabrício Santos é especialista em Logística da MáximaTech e da onBlox, desenvolvedoras de soluções para força de vendas, e-commerce, trade marketing e logística para a cadeia de abastecimento.
Sobre o Grupo Máxima
A holding Grupo Máxima foi criada em 2018 após uma sequência de aquisições realizadas no mercado para atender de ponta a ponta os processos que envolvem a cadeia de abastecimento.
Entre as empresas que passaram a fazer parte do conglomerado estão a Tecnomix e a OnNet System, que tiveram seus produtos incorporados à operação MáximaTech, líder em soluções de força de vendas, trade marketing e logística de entrega para o mercado atacado distribuidor e passou a incluir soluções para a indústria.
Integram-se também ao Grupo a LifeApps, responsável pela oferta de e-commerce B2B e B2C; e a Onblox incorporada para aumentar a capacidade de atendimento das demandas logísticas.
A estratégia para a criação da holding é tornar o Grupo um hub de tecnologia, conectando soluções para ampliar a capacidade de atendimento ao segmento de acordo com a sua evolução.
Atualmente, o Grupo Máxima conta com mais de 80 mil usuários e mais de 1300 clientes em todo o território nacional.
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