A expectativa de vida das empresas deve despencar de 75 para 15 anos, segundo estudo da Deloitte a respeito do impacto que os novos modelos de negócio podem causar no mercado, especialmente com tecnologias como Internet das Coisas, blockchain, realidade virtual, machine learning e o 5G. Com a transformação digital batendo à porta de todos e consequentemente gerando um clima de incerteza, as empresas vivem uma crise de priorização: qual onda é melhor surfar, a do presente ou uma das tantas que está se formando?

Existem três horizontes que norteiam a atuação das empresas. O primeiro, com prazo de zero a 12 meses, é aquele que gera sua receita. O segundo, que varia de 12 a 36 meses, diz respeito aos novos produtos que serão criados. Já o terceiro, de 36 a 72 meses, é aquele em que a empresa precisa pensar em novos modelos de negócio para sua sobrevivência. Não adianta olhar somente para o primeiro porque vivemos uma era de velocidade e disrupção, em que novidades emergem a todo instante. Por outro lado, também não se pode esquecer o presente. É necessário saber conduzir os três horizontes contemporaneamente, administrando aquilo que traz resultado hoje junto a uma estratégia de médio a longo prazo.

O que a atualidade nos exige, fundamentalmente, são metodologias específicas para lidar com a incerteza. Design thinking, lean startup, colaboração, sistemas puxados, mission command, metodologias ágeis, entre outras, são princípios que as empresas precisam conhecer para avaliar a que melhor atende suas necessidades. O fato é: o mercado está se transformando a uma velocidade inédita, logo, as empresas precisam rever seus modelos de negócio para se manterem vivas e competitivas.

Acreditamos que a chave do sucesso para as empresas do século 21 é encontrar o ponto de intersecção entre viabilidade de negócio, possibilidade de tecnologia e desejo das pessoas, e isso de uma maneira individualizada, porque mesmo empresas de um mesmo segmento apresentam especificidades. Existe a necessidade de se construir um futuro para um mundo digital, mas um futuro melhor que o presente e conduzir esse presente da melhor forma possível.