Especialista lista 3 transformações estruturais que a IA exigirá em 2026
Com apenas 26% das empresas escalando valor com IA hoje, empresa de tecnologia identifica os pilares essenciais para garantir a agilidade de decisão em tempo real
O mercado corporativo vive um paradoxo. Enquanto a adoção de Inteligência Artificial saltou para 72% em 2024, um recorde após anos de estagnação, segundo a McKinsey, a conta do retorno sobre o investimento ainda não fecha para a maioria das empresas. Dados do Boston Consulting Group (BCG) revelam que apenas 26% das organizações conseguem gerar valor consistente e escalável com a tecnologia. Para os outros 74%, a IA permanece presa em laboratórios de experimentação, sem impacto decisivo no caixa.
Para Eduarda Sousa, CMO da Loomi, empresa de tecnologia especializada em IA e Transformação Digital, essa disparidade não é uma falha tecnológica, mas um sintoma estrutural. A executiva defende que o mercado vive um momento de virada: não basta adaptar processos antigos à IA, é preciso alterar a dinâmica do negócio. "As companhias que prosperam não estão somente digitalizando o passado, estão criando novas formas de decidir e aprender em tempo real. O diferencial competitivo de 2026 será mostrar, na prática, quem consegue se adaptar e quem permanece preso a modelos rígidos", explica.
Segundo a especialista, startups e "pequenos gigantes" levam vantagem nesse cenário por operarem com ciclos curtos de experimentação e cultura de validação de hipóteses. Para grandes corporações, o desafio reside na migração de estruturas rígidas para modelos de gestão mais fluidos. "A vantagem competitiva sustentável passa a residir na capacidade de transformar mentalidade e estruturas, além de escalar software. O foco migra da infraestrutura para a mentalidade operacional", completa.
Com base nessa visão, a Loomi elencou os três pilares estruturais para a maturidade digital em 2026:
Do modelo fixo para a Inteligência Contínua: No cenário de 2026, produtos e processos estáticos tornaram-se obsoletos. O novo padrão exige o que a Loomi define como Modelos Adaptativos: sistemas que utilizam IA para ajustar a estratégia de negócio em tempo real, baseando-se no comportamento do usuário. O diferencial deixa de ser o "planejamento anual" para se tornar uma recalibragem constante e proativa, garantindo que a operação nunca esteja dessincronizada com a demanda do mercado.
Equipes Híbridas e Fluentes: É o fim das barreiras entre TI e Negócios. Para 2026, a Loomi projeta a consolidação de equipes híbridas, nas quais IAs e Agentes de IA integram o time, assim como humanos. Todas as áreas precisam saber como usar essas tecnologias e co-habitar em um time com elas.
O objetivo é criar unidades de negócio autônomas, capazes de unir operação e análise de dados em um único ciclo. Essa fluidez permite que a maturidade digital deixe de ser um projeto de área e passe a ser a própria dinâmica da organização, reduzindo drasticamente o tempo entre o insight técnico e a decisão de mercado.
IA no Core (Estratégia), não no laboratório: A IA não pode ser uma iniciativa paralela de inovação. Ela deve transformar a definição de estratégias e a criação de produtos. "Essa virada não começa na base, começa no topo. O C-Level precisa ser fluente em IA para destrinchar essa visão por toda a empresa. Sem esse compromisso da alta gestão, a IA continuará sendo um custo acessório em vez de um motor de valor", finaliza Eduarda.
Sobre a Loomi
Especializada em Inteligência Artificial (IA) e Transformação Digital, a Loomi foi fundada em 2019 por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com a missão de usar a tecnologia como motor do desenvolvimento humano. A empresa construiu, de forma 100% orgânica, uma operação sustentável, ágil e ousada, e conquistou grandes clientes como Basf, Eurofarma, Bayer, Sem Parar e Copastur, com uma equipe de cerca de 130 colaboradores. Em 2024 e 2025, foi reconhecida a TOP 6ª na categoria de Inteligência Artificial do Brasil pelo ranking 100 Open Startups. Sob a liderança do CEO Gabriel Albuquerque — Forbes Under 30 em 2024 — a empresa segue expandindo para o mercado norte-americano e europeu.
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