Cenário regulatório incerto leva empresas a reforçarem suas estratégias para 2026
* Por Stefan Vorwerk
Estamos ao fim de 2025 com um olhar que combina otimismo e prudência. O agronegócio continua sendo um dos principais motores da economia brasileira, mas enfrenta um ambiente de grande volatilidade, com margens pressionadas, juros elevados e transformações significativas no ambiente regulatório. Isso nos exige um plano estratégico mais profundo, conectado com dados e adaptável à realidade.
Na Horsch, tratamos 2026 com muito cuidado. O planejamento deixou de ser conservador e passou a ser altamente integrado aos fatores externos, exigindo testes de cenários, foco em eficiência de capital e decisões apoiadas em indicadores concretos. Seguimos investindo fortemente em inovação e portfólio, mas com uma atenção redobrada às finanças e à sustentabilidade do negócio.
Aprendizados recentes moldam o caminho
Os últimos dois anos foram marcados por grande aprendizado. A complexidade dos cenários, tanto na parte fiscal quanto econômica, e os desafios de gestão em períodos turbulentos, nos ensinaram a aprimorar a forma como controlamos estoques, capital de giro, previsão de demanda e qualidade de produto.
Ao mesmo tempo, ampliamos nosso portfólio de máquinas para atender melhor às necessidades dos nossos clientes. Tudo isso fortaleceu nossa convicção de que a estratégia para 2026 deve ser realista, baseada em dados e nos aprendizados acumulados.
Continuamos a direcionar esforços e recursos fortemente para pesquisa e desenvolvimento, com foco em entregar ao agricultor máquinas que proporcionem mais eficiência, sustentabilidade e resultado. Equipamentos mais modernos, com alta precisão, conectividade e preparados para agricultura de alta performance, incluindo máquinas autônomas, já estão em operação no Brasil, uma realidade que nos posiciona de forma competitiva e comprometida com o futuro do agro.
Além disso, temos investido em digitalização e uso de dados, não só para melhorar nossos produtos, mas para tornar nossa operação industrial mais eficiente.
Da mesma forma, acompanhamos de perto as mudanças tributárias, ambientais e trabalhistas no Brasil. Nosso alinhamento com a matriz na Alemanha é permanente, especialmente quando se trata de temas ambientais, que estão ganhando mais espaço na agenda da agricultura global.
Na Horsch, a proteção dos recursos naturais é parte vital da estratégia. Nossas máquinas são desenvolvidas para economizar insumos, conservar o solo e reduzir emissões, contribuindo diretamente para a sustentabilidade da agricultura brasileira e para a redução de CO₂.
O ESG faz parte do nosso plano estratégico de 2026. Isso se traduz no desenvolvimento de máquinas com menor impacto ambiental, na valorização dos nossos colaboradores, no relacionamento com a comunidade local e no fortalecimento de controles internos, sempre em alinhamento com as práticas globais do grupo.
Nossa atuação está diretamente conectada com as tendências mundiais, como a necessidade de produzir mais com menos impacto, e a busca por soluções locais diante das dificuldades no comércio internacional. Por isso, estamos focados em aumentar o conteúdo local das nossas máquinas, fortalecendo nossa cadeia de valor no país.
O papel estratégico do Paraná
O Brasil é estratégico para o Grupo Horsch, e o Paraná tem protagonismo nesses planos. A região oferece uma base industrial sólida, mão de obra qualificada e condições logísticas e fiscais favoráveis, o que nos levou a investir em um terreno de 400.000 m² em Curitiba, onde está localizada a nossa primeira fábrica no país. Esse investimento reflete nossa confiança de que o maior crescimento do Grupo Horsch nos próximos anos virá do Brasil. E temos certeza de que o Paraná é o lugar certo para isso.
Stefan Vorwerk é COO da Horsch do Brasil Ltda, associada da AHK Paraná.
Sobre a AHK Paraná - Estimular a economia de mercado por meio da promoção do intercâmbio de investimentos, comércio e serviços entre a Alemanha e o Brasil, além de promover a cooperação regional e global entre os blocos econômicos. Essa é a missão da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná), entidade atualmente dirigida por Lourdes Manzanares, a primeira diretora mulher da AHK Paraná.
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