85% dos impactos ESG estão na cadeia de suprimentos — e empresas precisam agir
o9 Solutions destaca como a tecnologia pode transformar operações em cadeias sustentáveis e ajudar o setor privado a cumprir metas globais
Durante a COP30, o setor privado entrou em uma nova etapa da agenda climática global: transformar compromissos em resultados concretos. Sob pressão de consumidores, investidores e regulações mais rigorosas, as empresas precisam equilibrar desempenho financeiro, metas de descarbonização e cadeias de suprimentos cada vez mais complexas. Esse desafio, que une ambição climática e eficiência operacional, exige planejamento integrado e uso intensivo de dados.
Em um evento promovido pela o9 Solutions em São Paulo, o ex-CEO global da Unilever e autor do livro Net Positive, Paul Polman, reforçou a importância do protagonismo empresarial na transição verde. “Esta precisa ser a COP da entrega, não de novas promessas. Temos tecnologia e recursos; o que falta é vontade e liderança para transformar compromissos em ação”, afirmou Polman, considerado um dos maiores líderes globais em sustentabilidade corporativa.
Segundo a IBM, até 85% dos impactos ambientais, sociais e de governança (ESG) das companhias estão concentrados na cadeia de suprimentos, responsável também por mais de 90% das emissões relacionadas à entrega de produtos e serviços. Embora 50% das empresas já tenha metas específicas para o supply chain e 70% planejam investir em modelos circulares, como reutilização e reciclagem, ainda há um grande desafio em transformar as metas da COP30 – que envolvem acelerar a transição energética, ampliar a economia circular, reduzir emissões e fortalecer a transparência climática – em execução prática. Nesse contexto, soluções tecnológicas surgem no mercado como o elo entre propósito e resultado. “O custo de não agir já é maior que o de agir. O setor privado tem de converter metas em resultados mensuráveis – aqui e agora”, acrescentou Polman.
A o9 Solutions atua como aliada estratégica na transformação sustentável das cadeias de suprimentos das empresas. Com sua plataforma Digital Brain™, a companhia conecta dados financeiros, operacionais e ambientais em tempo real, combinando inteligência artificial, modelagem preditiva e automação para antecipar riscos, reduzir desperdícios e otimizar recursos em toda a cadeia de valor, da origem da matéria-prima até a entrega final ao consumidor. Essa visão integrada permite que empresas visualizem o impacto ambiental de cada decisão de negócio, do custo logístico às emissões de transporte e ao tipo de embalagem, e simulem cenários de menor pegada de carbono. “Para a maioria das indústrias, cerca de 90% das emissões estão no escopo 3 – na cadeia de valor. Isso exige colaboração e ferramentas capazes de integrar dados e decisões de ponta a ponta”, destacou Polman durante o evento.
Um dos cases do uso plataforma Digital Brain™ vem de uma grande companhia global de bens de consumo (CPG) que buscou alinhar todas as áreas da operação em um plano de negócios unificado e integrado. Com o apoio da o9, a empresa passou a definir e monitorar metas de emissões de carbono, reciclabilidade de embalagens e conteúdo nutricional dos produtos, acompanhadas das métricas de desempenho da cadeia de suprimentos. “Essa integração deu visibilidade total aos impactos de cada decisão antes que sejam executadas, não como post-mortem. Isso garantiu que todas as partes interessadas, de sustentabilidade a operações e finanças, tivessem voz ativa no processo de planejamento, transformando a sustentabilidade em um fator estratégico do negócio”, explica Gabriel Vasconcellos, SVP & GM Latam da o9 Solutions.
Além de reduzir emissões, a o9 ajuda organizações a diminuir desperdícios e rupturas em suas cadeias produtivas. O modelo digital da companhia aprimora previsões de demanda, otimiza o uso de recursos e evita excessos de estoque e transporte desnecessário, fatores que impactam diretamente o consumo de energia e a geração de resíduos. Com base em dados integrados e modelagem preditiva, a plataforma sugere decisões equilibradas entre custo, capacidade e nível de serviço, o que resulta em cadeias mais eficientes, resilientes e de menor impacto ambiental. “Ser mais eficaz na cadeia significa menos desperdício, menos emissões e cadeias mais resilientes. Produzir melhor - não apenas produzir mais”, afirmou Polman. “Essa previsibilidade operacional permite que as empresas planejem de forma mais inteligente, reduzam desperdícios e aumentem a eficiência energética em toda a operação”, analisa Vasconcellos.
Outro diferencial é o reporting automatizado de sustentabilidade, que simplifica o acompanhamento de metas e regulações. A o9 desenvolveu uma ferramenta que gera relatórios compatíveis com os principais padrões globais, como GRI, SASB, ESRS, EcoVadis e UNGC, permitindo que as empresas acompanhem suas metas de descarbonização com precisão e transparência. A solução também apoia decisões de compra mais responsáveis, comparando fornecedores com base em critérios de emissões, energia e certificações ambientais, além de facilitar o cumprimento de legislações e acordos internacionais, incluindo as diretrizes de rastreabilidade que serão reforçadas pela COP30. “Transparência e padronização elevam a ambição. Relatórios comparáveis dão previsibilidade a investidores e aceleram a transição em toda a cadeia”, acrescentou o ex-CEO da Unilever.
Mais do que adotar uma nova tecnologia, trata-se de repensar o papel do planejamento na construção de cadeias produtivas sustentáveis de um negócio - um passo essencial para transformar metas globais em resultados concretos. O encontro em Belém marca um novo momento para o setor privado: não se trata mais de discutir se as empresas devem agir, mas como transformar compromissos em impacto mensurável. A conferência reforça a urgência de alinhar crescimento econômico e responsabilidade ambiental em um mesmo modelo de decisão. “O Brasil está numa posição única para liderar a conversão verde, pela natureza, pela matriz energética e pela força do agronegócio. Integrar propósito e lucro é o caminho mais inteligente para crescer”, afirmou Polman. “A sustentabilidade não é mais um relatório, é uma arquitetura de decisão. As empresas que estruturarem essa base agora estarão prontas para o novo mercado que a COP30 vai consolidar”, complementa Vasconcellos.
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