Advogada aponta principais alertas para compras seguras na Black Friday
Especialista comenta sobre cuidados a serem tomados pelos consumidores
De acordo com projeção da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a Black Friday de 2025, que acontece nesta semana com o grande dia na sexta-feira, 28 de novembro, deverá movimentar R$ 5,40 bilhões e registrar a maior movimentação financeira desde o início da série histórica, em 2010. Confirmada essa expectativa, o faturamento das vendas apresentará crescimento de 2,4% ante a mesma data do ano passado, já descontada a inflação.
Segundo a advogada Ana Luiza Moura, que integra o escritório Celso Cândido Souza Advogados, na Black Friday as pessoas costumam ser ludibriadas mais facilmente. “Principalmente porque há muitas ofertas atrativas e os consumidores acabam sendo enganados. As tentativas de golpes aumentam neste período e a pressa para aproveitar os preços baixos acabam tirando a atenção no momento das compras”, pontua.
A especialista elenca alguns pontos de atenção para as pessoas ficarem atentas neste período, veja a seguir:
Prazo de entrega e frete
O prazo de entrega dos produtos nas compras adquiridas na Black Friday é uma das maiores reclamações dos consumidores, por isso, é importante verificar os prazos informados da entrega, comprar sempre em sites e lojas confiáveis, acompanhar o código de rastreamento fornecido pela loja. “Verificar se o prazo para entrega está em data razoável ao ponto de compensar o desconto oferecido, e se atentar também ao valor do frete, se não é abusivo, pois quando o valor do produto é muito baixo e o frete muito alto o desconto pode estar embutido, levando o consumidor ao erro. Entregas grátis costumam ter um prazo muito longo”, pontua.
Avaliações de produtos
É importante analisar os comentários e as avaliações dos produtos na hora da compra pela internet para evitar transtornos. “Poucas avaliações podem significar baixa qualidade ou defeito do material adquirido”, explica a advogada.
Imagem do produto
Quando a foto é muito diferente do produto pessoalmente, é considerado propaganda enganosa, que é uma prática vedada pelo Código de Defesa do Consumidor. “É importante salvar a descrição do produto, tirar fotos detalhadas do que recebeu e comparar com o do anúncio. Caso isso aconteça, o consumidor pode entrar em contato com a loja e devolver o produto adquirido, solicitando o ressarcimento do valor pago (incluindo frete) ou pedir abatimento do valor por outro produto a escolha”, afirma.
Condições camufladas
O Código de Defesa do Consumidor determina que as informações sejam claras e específicas, sobre os preços e as condições de pagamento. É importante somar o valor final das parcelas e comparar com o preço à vista. “Desconfiar de ofertas com parcelamento sem juros. Isso porque, muitas vezes, os juros são embutidos nos preços e também comparar os preços com outras lojas. Em caso de propaganda enganosa o consumidor pode exigir o cumprimento forçado da oferta, trocar por outro produto ou serviço equivalente ou solicitar o reembolso”.
Outros pontos de atenção
“Tomar cuidado com links suspeitos, utilizar métodos de pagamentos mais seguros como o cartão de crédito, e principalmente criar um cartão virtual temporário, pois em caso de fraude, é mais fácil de contestar e pedir o estorno. No pix a atenção deve ser redobrada. E em lojas físicas, se atentar às políticas internas da empresa acerca das trocas”, destaca Ana Luiza.
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