Perdas econômicas por desastres naturais somam US$ 203 bilhões até setembro de 2025, aponta Aon
A lacuna de proteção de seguros foi de 44%, a mais baixa já observada para o período
A Aon plc (NYSE: AON), empresa líder mundial em serviços profissionais, acaba de divulgar o relatório Global Catastrophe Recap: Third Quarter of 2025, que analisa o impacto econômico e segurado dos principais desastres naturais ocorridos ao longo do ano.
O estudo aponta que, as perdas relacionadas a catástrofes entre julho e setembro ficaram abaixo da média em todas as regiões do mundo, mas o período ainda registrou eventos devastadores, incluindo terremotos e ondas de calor fatais. As perdas econômicas totais nos primeiros nove meses do ano chegaram a US$ 203 bilhões (29% abaixo da média do século XXI), com perdas seguradas de pelo menos US$ 114 bilhões.
O relatório identifica 36 eventos que causaram mais de US$ 1 bilhão em perdas econômicas cada um, sendo que 22 desses também resultaram em mais de US$ 1 bilhão em perdas seguradas. Essa dinâmica foi responsável em uma lacuna de proteção de seguros de 44%, a mais baixa já observada para esse período de janeiro a setembro. Resultado, em grande parte, à alta proporção de perdas seguradas nos Estados Unidos (88%), onde a cobertura de seguros é relativamente elevada em comparação com outras regiões do mundo.
O relatório da Aon também mostra que, apenas no terceiro trimestre, as perdas econômicas globais atingiram aproximadamente US$ 34 bilhões (76% abaixo da média do século XXI), com perdas seguradas globais de US$ 12 bilhões (72% abaixo da média do século XXI e o menor valor desde 2006). Isso resultou em uma lacuna de proteção de seguros de 66% no terceiro trimestre, em comparação com 71% da média do século XXI. É importante destacar que as avaliações de danos ainda estão em andamento para muitos eventos, e o saldo de perdas financeiras provavelmente será maior.
Na América do Sul, desastres de janeiro a setembro causaram perdas econômicas totais de aproximadamente US$ 6,7 bilhões. Os mais significativos foram a seca no Brasil e no Paraguai; fortes tempestades convectivas no Brasil e na Bolívia; incêndios no Chile; e inundações no Peru, Equador, Brasil, Bolívia e Argentina. Guatemala e Peru sofreram terremotos, enquanto a Colômbia sofreu um deslizamento de terra.
No Brasil, a seca persistente continuou sendo o principal destaque negativo do ano, com perdas econômicas estimadas em US$ 4,8 bilhões — dos quais apenas cerca de 10% estavam cobertos por seguros. O evento, considerado um dos mais severos dos últimos anos, afetou especialmente a produção agrícola e os reservatórios hídricos.
“Os resultados reforçam a urgência de ampliar a cultura de gestão de riscos climáticos no Brasil. Enfrentamos perdas bilionárias associadas à seca e eventos extremos recorrentes, com cobertura ainda muito limitada. Investir em dados e modelagem catastrófica é essencial para reduzir o impacto econômico e social desses desastres”, destaca Beatriz Protásio, CEO de Resseguros para o Brasil na Aon.
O relatório completo está disponível neste link.
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