O controle sobre o fluxo de caixa vem se tornando um diferencial importante dentro das organizações, principalmente diante de margens cada vez mais apertadas e ciclos de decisões aceleradas que permeiam o mercado. No entanto, a chamada conciliação em tempo real, processo que integra dados de pagamentos, recebimentos e saldos bancárias de forma automática e imediata, passou a transformar a rotina dos CFOs (Chief Financial Officer) brasileiros ao permitir uma visão precisa e atualizada da saúde financeira das empresas.

Com o avanço dos pagamentos instantâneos, especialmente o Pix, que já responde por 39% de todas as transações no país, segundo Banco Central, o tempo de resposta das áreas financeiras precisou acompanhar esse ritmo. Para Lígia Lopes, CEO da Teros, plataforma de automação inteligente que transforma dados em resultados, a automação da conciliação é a resposta a essa nova demanda.

“Com esse processo, as organizações encontram caminhos para reduzir erros humanos, evitar divergências contábeis e antecipar inconsistências que poderiam gerar prejuízos ou atrasos em tomadas de decisões estratégicas. A conciliação em tempo real coloca o CFO no controle do caixa de forma dinâmica e ele passa a ter acesso imediato a todas as movimentações, o que amplia o poder de reação diante de imprevistos”, explica Lígia.

Além da eficiência operacional, a conciliação em tempo real também tem se mostrado uma aliada na mitigação de riscos e fraudes. Ao cruzar informações bancárias e contábeis de forma automatizada, a tecnologia reduz brechas de manipulação manual e reforça os pilares de compliance e governança corporativa, aspectos cada vez mais exigidos por investidores e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no tratamento de informações sensíveis.

De acordo com a Deloitte, 54% dos CFOs entrevistados se preocupam com a integração de sistemas financeiros, com 80% das empresas participantes sinalizando que utilizam ou irão utilizar GenAI em tarefas rotineiras e repetitivas e 60% em planejamento e análise financeira. Porém, 77% afirmam que as empresas não têm ou desconhecem a existência de um plano de sucessão para a gestão financeira.

Conforme a CEO da Teros, a conciliação em tempo real representa uma mudança de paradigma na gestão financeira, onde o CFO passa a operar com base em dados atualizados, preditivos e integrados, abrindo espaço para decisões mais estratégicas e seguras em todos os níveis da organização.

“Cada segundo e cada centavo importa. É a conciliação automatizada que permite enxergar desvios no mesmo instante em que acontecem, e não dias depois quando o impacto já foi sentido no caixa. Quanto antes as empresas e os profissionais entenderem isso, antes a gestão financeira será transformada dentro dos negócios. E a expectativa é que, com o avanço de soluções baseadas em IA e machine learning, o processo se torne ainda mais preditivo”, conclui a especialista.