Pesquisa mostra que apenas 19% da Geração Alpha poupam para aposentadoria
No Dia do Adolescente, especialista defende que planejamento financeiro deve começar ainda na adolescência
No em que é comemorado o Dia do Adolescente (21/09), cresce a preocupação com a educação financeira e a aposentadoria da geração mais jovem. De acordo com a pesquisa “Raio X do Investidor Brasileiro”, da ANBIMA, apenas 19% dos brasileiros não aposentados já começaram uma reserva financeira para essa fase da vida.
Entre os adolescentes a realidade não é diferente. Um estudo da PUC Minas sobre a percepção da juventude em relação à reforma previdenciária mostrou que, apesar da consciência sobre a necessidade de planejar o futuro, poucos adotam práticas como investir ou contratar uma previdência complementar.
Para especialistas, esses números revelam a urgência de trazer o tema para dentro de casa e das escolas, estimulando a geração Alfa - nascidos depois de 2010 - a enxergar o dinheiro não apenas como consumo imediato, mas como ferramenta de liberdade e segurança a longo prazo.
“Quanto mais cedo os adolescentes compreendem a importância do planejamento financeiro, maior será o impacto positivo em suas vidas adultas. Criar o hábito de poupar e entender os riscos do crédito mal utilizado são passos que podem fazer toda a diferença na aposentadoria”, afirma Márcio Feitoza, CEO da fintech meutudo,
O cenário ganha contornos ainda mais relevantes quando comparado a tendências internacionais. Nos Estados Unidos, uma pesquisa recente com 2.000 crianças e adolescentes de 6 a 14 anos, revelou que 6% já economizam para a aposentadoria. Dentre eles, um terço afirma que o faz para não depender financeiramente dos pais no futuro, enquanto 48% pretende acumular recursos para abrir o próprio negócio.
Como preparar financeiramente a geração Alfa
O especialista reforça que a educação financeira deve ser vista como parte da formação dos jovens. Para ajudar adolescentes a desenvolver hábitos saudáveis, Feitoza indica:
- Incentivar a disciplina no manejo de pequenas quantias, como mesada, presentes ou dinheiro de tarefas;
- Ensinar desde cedo sobre crédito, incluindo riscos e limites de cartões, empréstimos e consignado;
- Estimular a definição de metas financeiras claras, com prazos e prioridades;
- Apresentar alternativas de previdência e mostrar como o planejamento de longo prazo impacta a aposentadoria.
“Educação financeira não é só sobre números, é sobre comportamento. Se adolescentes aprendem a ter disciplina com pequenas quantias hoje, estarão mais preparados para lidar com decisões financeiras maiores no futuro, inclusive a aposentadoria”, conclui Feitoza.
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