O Brasil policêntrico: centros de negócios bilionários pelo país
Por Marcos Koenigkan
Durante muito tempo, o empreendedorismo brasileiro esteve centrado entre São Paulo e Rio de Janeiro. Esses estados ocuparam a vitrine do mercado, formando a percepção de que grandes negócios só nascem sob o olhar das avenidas Faria Lima ou Presidente Vargas. Mas o Brasil competitivo vai muito além desse eixo. Em diferentes regiões, surgem movimentos empresariais capazes de gerar negócios bilionários, impactar setores inteiros e atrair investidores nacionais e internacionais.
A digitalização e a conectividade global permitiram que ideias promissoras não precisem migrar para São Paulo para ganhar escala. Hoje, fundos de investimento, bancos internacionais e venture capital estão atentos a empreendedores que conhecem profundamente suas regiões e sabem explorar nichos antes invisíveis ao grande mercado.
Segundo levantamento do fundo Bossa Invest, mais de 56% dos investimentos em estágio inicial em startups foram destinados a empresas fora do eixo RJ-SP, um salto de 21% em relação a 2022. O dado reforça a crescente descentralização do capital e das oportunidades no Brasil.
Mais do que localização, o diferencial está na visão estratégica, na capacidade de execução e nas redes de relacionamento. Negócios nascidos em outras regiões do país podem ganhar musculatura antes mesmo de chegarem à vitrine paulista.
O próximo ciclo de unicórnios, conglomerados e histórias de impacto global não necessariamente nascerá em São Paulo ou Rio. Eles estão sendo gestados, neste momento, em polos emergentes do Brasil. O país dos negócios bilionários é cada vez mais policêntrico, e quem ainda olha apenas para os grandes centros corre o risco de perder as maiores oportunidades desta década.
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