Segundo o levantamento, em 2024, a cada 10 mil viagens ocorreram 2,36 acidentes contra 0,53 roubos. Os dados inéditos revelam ainda que, em 2024, 62% dos prejuízos a carga no transporte rodoviário decorreram de acidentes. Em outro levantamento usando como base dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal), a CNT (Confederação Nacional do Transporte) estima que, em 2024, os custos com acidentes e mortes nas rodovias federais envolvendo veículos de carga custaram ao país R$ 5,1 bilhões contra R$ 1,2 bi de roubos.

Sudeste é o campeão de acidentes no 1º semestre

Tombamentos e acidentes com caminhões de produtos perigosos são os mais comuns

Segundo a Pamcary, 40,6% dos acidentes do primeiro semestre de 2025 aconteceram na região Sudeste, seguida pelo Nordeste, com 22,7% das ocorrências.

As rotas entre São Paulo e Rio e entre Minas e São Paulo são as mais inseguras. A BR-116 é a estrada onde ocorrem mais acidentes, em especial no trecho paulista. Já em Minas, 92% dos acidentes acontecem na BR-381.

Sem seguro caminhoneiro não pode carregar

Desde julho, ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) exige que transportadores rodoviários de carga tenham o seguro para cobrir danos provocados a terceiros por caminhões carregados. A cada viagem contratada, o chamado RC-V (Responsabilidade Civil de Veículo) precisa ser feito pelo transportador no nome e CPF do caminhoneiro. A norma determina que é proibido fazer a cobrança do caminhoneiro ou descontar do frete.

Desde 2023, o seguro RC-V passou a ser um dos três seguros obrigatórios do transporte rodoviário de cargas e, sem sua comprovação, o transportador pode ter suspenso o seu RNTRC (Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas). No início de setembro deste ano, a ANTT publicou portaria que normatiza a sua fiscalização, ou seja, as formas como os transportadores devem comprovar a contratação dos três seguros. Segundo a ANTT, está prevista a fiscalização inclusive nas rodovias.