Picada de escorpião em shopping no DF destaca importância do seguro para clientes
No dia 20 de agosto, foi noticiado pelo portal G1 que uma estudante de 20 anos foi picada por um escorpião enquanto provava roupas em uma loja no ParkShopping, em Brasília. O caso, que ganhou repercussão nacional, abriu espaço para uma discussão muitas vezes invisível ao público: a forma como os shoppings se resguardam financeiramente diante de incidentes
inesperados que atingem clientes.
Segundo Caroline Santos, coordenadora de Responsabilidade Civil Geral da Akad Seguros, especializada em seguros para Shopping Centers, “incidentes como uma picada de escorpião podem, em princípio, estar cobertos pela apólice de Responsabilidade Civil Geral (RCG), desde que configurados como danos corporais involuntariamente causados a terceiros dentro das dependências do shopping”. Ela explica que o seguro “cobre situações em que o cliente ou visitante sofre danos corporais originados nas áreas comuns ou operacionais do empreendimento, e que tal evento seja reconhecido como responsabilidade do shopping por falta de prevenção ou condições de segurança inadequadas”.
Na prática, isso significa que, segundo a especialista, “o cliente lesionado pode solicitar reparação, que o seguro cobrirá de acordo com as condições gerais e especiais da apólice, incluindo indenização por danos corporais, custos médicos e, potencialmente, despesas legais. Para o empreendimento, o seguro atua como uma rede de proteção financeira, oferecendo cobertura para eventual condenação judicial ou acordo extrajudicial, incluindo custos de defesa e honorários”.
O alcance do seguro, porém, vai além de acidentes com animais peçonhentos. Caroline detalha que ele também contempla “quedas e escorregões em áreas comuns, danos estruturais, acidentes decorrentes de incêndios ou explosões e até incidentes durante eventos realizados no interior do shopping, desde que previstos nas condições especiais da apólice”. Além disso, cobre danos durante serviços comuns nos empreendimentos, como limpeza, manutenção ou vigilância, se incluídos nas coberturas contratadas.
Ainda assim, a seguradora enfatiza que o seguro é apenas uma peça de uma estratégia maior, que combina prevenção ativa, inspeções periódicas, protocolos de emergência e comunicação transparente com o público. Caroline reforça: “A combinação de prevenção, resposta eficiente a emergências e apólice bem estruturada constitui uma estratégia eficaz para proteger clientes, lojistas e a reputação do shopping. O seguro entra como ferramenta complementar, reforçando a credibilidade institucional e a confiança do cliente”.
No setor de varejo, em que a experiência do consumidor depende diretamente da percepção de segurança e acolhimento, estar preparado para lidar com imprevistos pode ser tão decisivo quanto evitar que eles aconteçam.
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