Afastamentos por ansiedade e depressão no trabalho batem recorde no Brasil
Em um cenário que acende um alerta para a saúde de trabalhadores de todo o país, os afastamentos motivados por transtornos mentais - especialmente ansiedade e depressão - bateram recorde em 2024.
Segundo dados do Ministério da Previdência Social, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) concedeu mais de 472 mil licenças pelo problema no último ano - um aumento de 68% em comparação a 2023 e o maior índice de afastamentos motivados por ansiedade e depressão nos últimos 10 anos.
Os números refletem uma crise emergente no Brasil, com distúrbios de origem mental assumindo papel central no desgaste ocupacional, evidenciando a necessidade urgente de políticas públicas eficazes, cultura organizacional saudável e prevenção estruturada para garantir ambientes de trabalho mais humanos e sustentáveis.
“Condições de trabalho precárias, pressão por produtividade, jornadas exaustivas e assédio são gatilhos que mais desencadeiam a crise”, afirma o psiquiatra dr. Thiago Lemos de Morais. “Estabelecer limites claros, praticar pausas, dialogar e organizar a rotina são ferramentas que podem auxiliar”, explica o profissional.
Não podemos deixar de ressaltar que é importantíssimo que as empresas também adotem métodos que previnam o adoecimento de colaboradores. “Fomentar uma cultura organizacional que estimule o respeito, a escuta e a empatia é fundamental. Os líderes precisam ser treinados para identificar sinais de exaustão, isolamento, irritabilidade, acolhendo sem julgar e implementando ações de bem-estar”, conclui o médico. Evitar afastamentos por ansiedade e depressão não é só cuidar do emocional - é uma questão de gestão inteligente, humana e estratégica.
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