QUIVER SOLUÇÕES : Risco absoluto - o que é e como fazer o cálculo no mercado de seguros? (Destaque)
No universo dos seguros, entender conceitos técnicos como risco absoluto não é apenas uma questão teórica, mas também é uma vantagem competitiva. Saber aplicar esse conhecimento no dia a dia ajuda o corretor a avaliar melhor exposições, explicar propostas com mais clareza e orientar seus clientes com segurança, especialmente em produtos patrimoniais e empresariais.
O risco absoluto está presente em situações onde o segurado opta por coberturas específicas e não proporcionais ao valor total do bem segurado, o que influencia diretamente no tipo de apólice contratada, no valor do prêmio e até no cálculo da indenização em caso de sinistro.
Neste conteúdo, você vai entender o que é o risco absoluto, como ele se diferencia de outros tipos de risco e como fazer o cálculo de forma simples e prática, com exemplos voltados para o mercado de seguros. Continue a leitura para saber mais com a Quiver.
O que é risco absoluto?
De forma simples, o risco absoluto representa a probabilidade de um evento ocorrer dentro de um determinado grupo ou situação específica. Em estatística, ele é utilizado para medir a frequência com que algo acontece, geralmente em estudos clínicos, epidemiológicos ou de comportamento.
O risco absoluto é calculado pela razão entre o número de eventos observados e o número total de pessoas expostas ao risco. Exemplo: se, em um grupo de 1.000 pessoas, 50 sofrem determinado evento, o risco absoluto é 50/1.000 = 5%.
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No mercado de seguros, como funciona o risco absoluto?
No contexto dos seguros, o risco absoluto assume um sentido mais contratual e prático. Ele é aplicado quando a apólice cobre um valor fixo previamente determinado, sem depender de uma proporção em relação ao valor total do bem segurado.
Ou seja, trata-se de um modelo em que o segurado e a seguradora acordam um valor específico de indenização máxima, independentemente de o bem ter um valor maior. É o que acontece, por exemplo, em alguns seguros patrimoniais, empresariais e em seguros a segundo risco absoluto.
O que é risco absoluto no seguro empresarial?
No seguro empresarial, o termo risco absoluto se refere a um modelo de contratação em que a seguradora assume a responsabilidade de indenizar até um valor fixo previamente definido, independentemente do valor total dos bens segurados. Ou seja, não há proporcionalidade, já que o segurado recebe a indenização com base no limite contratado, desde que o sinistro esteja coberto.
Esse modelo é bastante comum em seguros patrimoniais, como em casos de proteção contra incêndios, roubos, danos elétricos ou desastres naturais que afetam parcialmente um patrimônio.
Quando o risco absoluto é utilizado?
- Quando o segurado deseja cobrir apenas parte do valor total do patrimônio (por exemplo, os ativos mais críticos);
- Quando o objetivo é proteger um limite específico de exposição financeira, em vez de garantir a totalidade dos bens;
- Em situações em que a probabilidade de perda total é considerada baixa, mas o impacto parcial pode comprometer a operação da empresa.
Por que esse modelo é adotado?
- Flexibilidade: permite ao segurado personalizar a cobertura conforme a realidade do negócio.
- Economia: como a cobertura é limitada, o prêmio do seguro tende a ser mais acessível.
- Objetividade: em caso de sinistro, a indenização é calculada com base no valor estipulado em contrato, sem aplicação de rateio (desde que respeitadas as cláusulas).
Esse tipo de apólice é ideal para empresas que desejam gestão de risco mais estratégica, protegendo o que é essencial sem necessariamente contratar uma cobertura integral de todos os ativos.
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Qual a diferença entre risco absoluto e risco relativo?
Embora os dois termos façam parte do vocabulário técnico de quem atua com seguros e estatística, risco absoluto e risco relativo representam formas distintas de avaliar e comunicar a probabilidade de ocorrência de um evento — especialmente quando falamos sobre apólices patrimoniais e empresariais.
Risco absoluto: valor fixo, sem proporcionalidade
No seguro, o risco absoluto representa uma cobertura com limite definido previamente, sem relação direta com o valor total do bem. Ou seja, o segurado escolhe quanto quer garantir, e a seguradora indeniza até esse valor em caso de sinistro, independentemente do prejuízo total.
Por exemplo, uma empresa possui R$ 1 milhão em equipamentos, mas contrata uma apólice com cobertura de R$ 300 mil por risco absoluto. Se houver um sinistro, a indenização será de até R$ 300 mil, sem aplicação de rateio.
Risco relativo: cobertura proporcional ao valor do bem
No risco relativo, a apólice é baseada na proporção entre o valor segurado e o valor real do bem. Se o valor contratado for inferior ao valor total, a seguradora pode aplicar o rateio em caso de sinistro — ou seja, reduzir a indenização proporcionalmente.
Por exemplo, usando o mesmo exemplo dos R$ 1 milhão em equipamentos, se o segurado contratar apenas R$ 500 mil e houver uma perda de R$ 300 mil, a seguradora pode aplicar o rateio, já que a cobertura contratada representa apenas 50% do valor total.
Entender essa diferença é essencial para o corretor orientar o cliente sobre os impactos na indenização e no custo do seguro, garantindo uma contratação consciente e adequada à realidade de cada negócio.
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Como calcular o risco absoluto?
O cálculo do risco absoluto pode variar dependendo do contexto em que está sendo aplicado — seja na estatística, na saúde ou no mercado de seguros. A seguir, você verá a fórmula básica usada em estudos estatísticos e como ela pode ser adaptada para o contexto prático das apólices de seguros.
E como isso se aplica ao mercado de seguros?
No contexto de seguros, o cálculo do risco absoluto não se dá por uma fórmula estatística direta, mas sim por uma decisão contratual entre segurado e seguradora, em que se define um valor fixo de cobertura, desvinculado do valor total do bem.
No entanto, podemos ilustrar com um exemplo numérico simples:
Um exemplo prático para corretores é ver que uma empresa possui um estoque avaliado em R$ 500.000. Em vez de segurar todo o valor, o segurado opta por uma cobertura de R$ 200.000 a primeiro risco absoluto.
Ou seja, isso significa que, em caso de sinistro, a seguradora indenizará até o limite contratado (R$ 200.000), sem aplicar rateio, mesmo que o valor total do prejuízo seja maior (desde que dentro das coberturas e cláusulas contratadas).
Diferente do risco relativo, o foco aqui não é calcular uma proporção de risco, mas sim estabelecer um limite de indenização direta, pré-negociada entre as partes. O papel do corretor é garantir que esse valor esteja bem ajustado à realidade do cliente, equilibrando proteção e custo.
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O que é seguro a segundo risco absoluto?
O seguro a segundo risco absoluto é uma modalidade de cobertura em que a seguradora se compromete a indenizar até um valor fixo previamente determinado, mas somente após esgotada a cobertura de um primeiro seguro (ou de um primeiro risco). Essa estrutura é comum quando há duas apólices cobrindo o mesmo bem ou operação, com limites de responsabilidade distintos.
Ou seja, trata-se de um seguro complementar, acionado somente quando o prejuízo ultrapassa o limite estabelecido no primeiro risco.
Imagine que uma empresa possui:
- Seguro A (primeiro risco absoluto): cobertura de R$ 300.000
- Seguro B (segundo risco absoluto): cobertura adicional de R$ 200.000
Se a empresa sofre um sinistro de R$ 400.000:
- Os primeiros R$ 300.000 são cobertos pelo Seguro A
- Os R$ 100.000 restantes são cobertos pelo Seguro B, que entra como segundo risco absoluto
Nesse modelo, não há rateio nem aplicação proporcional — cada apólice responde pelo valor que lhe foi atribuído.
Diferença entre primeiro risco, segundo risco e seguro proporcional
Essa estrutura é muito utilizada em seguros empresariais, patrimoniais e de transporte, onde o valor total do bem é alto e a empresa prefere segmentar a cobertura entre seguradoras ou entre níveis de proteção, otimizando custos e limites de exposição.
Compreender o conceito de risco absoluto é essencial para quem atua no mercado de seguros, especialmente quando se trata da precificação de apólices, definição de limites de cobertura e escolha do modelo contratual mais adequado para cada cliente.
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Ao dominar esse tipo de risco, o corretor consegue não apenas oferecer produtos mais alinhados à realidade do segurado, mas também evitar dúvidas e conflitos no momento do sinistro.
Seja no seguro empresarial, patrimonial ou em apólices com cláusulas específicas como o segundo risco absoluto, esse entendimento técnico permite ao corretor atuar de forma mais consultiva e estratégica. Isso fortalece a relação com o cliente e gera mais confiança no processo de contratação.
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