Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ganharam a mídia e os fóruns empresariais de discussão desde sua formatação, em 2015, quando chegou-se a um acordo que contempla 17 objetivos e 169 metas, envolvendo temáticas diversificadas, como erradicação da pobreza, segurança alimentar e agricultura, saúde, educação, igualdade de gênero, água e saneamento, energia, crescimento econômico sustentável, infraestrutura, redução das desigualdades, cidades sustentáveis, padrões sustentáveis de consumo e de produção, mudança do clima, proteção e uso sustentável dos oceanos e dos ecossistemas terrestres, sociedades pacíficas, justas e inclusivas e meios de implementação.

A discussão gira em torno das modificações profundas sobre as quais a sociedade está passando, como as formas de se locomover, trabalhar, gerar renda e se comunicar, mas também implica diretamente no fato de que cada vez mais as novas gerações têm se preocupado com o seu papel no mundo, buscando identificar qual é a sua contribuição para tornar o lugar que vivemos em um mundo melhor. “Atualmente, os consumidores analisam os valores das empresas e marcas que consomem. Pesquisas recentes mostram que 87% dos consumidores realizam suas compras baseadas no propósito socioambiental da marca/empresa”, afirma Mariana Schuchovski, membro da Cátedra Ozires Silva e professora de Sustentabilidade no ISAE Escola de Negócios. “As pessoas não mais querem apoiar algo que não acreditam ou com a qual não se identificam e isto significa que hoje somos motivados por coisas maiores, não apenas o que antes era considerado suficiente”, completa ela.

Para que as metas sejam atingidas, estão sendo desenvolvidos no mundo inteiro negócios em parceria: organizações públicas e privadas estão trabalhando juntas em prol das metas; organizações diversas do terceiro setor estão engajadas no atingimento das metas; e diversos outros modelos e combinações destas parcerias. Shuchovski acredita que existam diversos cases de sucesso de implementação dos ODS, fomentando a geração de emprego e renda, o desenvolvimento aliado ao crescimento, a igualdade, o respeito e a justiça em todo o mundo, entretanto ainda é preciso muito trabalho. “Esta agenda só será alcançada se contar com o envolvimento e o comprometimento verdadeiro de todos nós, em todas as nações, cada um fazendo a sua parte e todos fazendo um pouco juntos, em parceria por um mundo melhor”, aponta a especialista.