A Capitalização como instrumento de disciplina financeira
Especialista responde a perguntas de internautas sobre Capitalização em live transmitida pela página da CNseg no Facebook
O presidente da Comissão de Produtos e Coordenação da FenaCap, Natanael de Castro, participou, na manhã dessa sexta-feira, dia 24, de live na página da CNseg no Facebook, respondendo a perguntas dos internautas sobre mitos da Capitalização. Trata-se de mais uma das ações da Confederação das Seguradoras na 6ª Semana Nacional de Educação Financeira, que vai até o dia 26 de maio.
A entrevista teve início com Natanael explicando que recentemente a Susep regulamentou o novo marco da Capitalização, criando mais duas modalidades de títulos, que agora são seis. São eles: a tradicional, onde os participantes guardam dinheiro, concorrem a prêmio e, no final do período, recebem 100% do valor guardado, corrigido pela TR; a popular, com foco na premiação; o instrumento de garantia, que serve para garantir contratos; a compra programada, ainda pouco utilizada pelo mercado; a de incentivo, voltada a pessoas jurídicas, voltada à indução do consumo; e a filantropia premiada, que serve para captação de recursos para instituições filantrópicas.
Natanael também fez questão de esclarecer que a Capitalização não é um tipo de investimento, mas um instrumento de disciplina financeira para aqueles que ainda querem concorrer a sorteios, além de solução de negócios. Como exemplo, citou o caso de alguém que planeja a festa de formatura de um filho que acabou de entrar na faculdade. Ao longo desses quatro ou cinco anos, a pessoa pode ir guardando o dinheiro para a festa, correndo o risco de ser sorteado e poder fazer uma festa ainda muito melhor.
Questionado por internauta sobre as chances de alguém ser sorteado, ele disse que são muito maiores que, por exemplo, na Megasena. Se a pessoa juga um bilhete único na Megasena, as chances de ganhar são de 1 em 1 milhão. Já com os títulos de capitalização, as chances são muito maiores, visto que as séries têm, em média, 100 mil, 200 mil participantes, tendo as maiores, 1 milhão de participantes. Assim, além de concorrerem mensalmente, na modalidade tradicional os participantes ainda recebem todo o valor aplicado no final do período. Além disso, afirmou o presidente da Comissão de Produtos e Coordenação da FenaCap, os sorteios também têm o importante papel de indutor da disciplina financeira.
Os valores dos títulos de capitalização também foram tema de pergunta de internauta e a resposta foi que variam de 10 reais a 50 mil reais, dependendo dos objetivos da pessoa. "Há valores para todos os bolsos e gostos", afirmou Natanael.
Os internautas também quiseram saber mais detalhes sobre a modalidade de instrumento de garantia criado pelo novo marco regulatório e Natanael usou como exemplo a sua utilização em um contrato de aluguel. Assim, o locador faz um título de capitalização e o valor fica vinculado ao contrato de aluguel como garantia, liberando-o da necessidade de arranjar fiador e de comprovar renda e ainda garantindo a chance de poder comprar o imóvel, caso seja sorteado.
Já a modalidade de filantropia premiável, também nova, permite que entidades filantrópias captem recursos. O doador adquire o título, a maior parte do valor é direcionado à instituição filantrópica, mas o filantropo ainda concorre aos sorteios.
E o tema da Capitalização continua em debate nesta sexta-feira, a partir das 14 horas, quando o gerente de Negócios Varejo da Brasilcap, Rafael Jordão Fonseca; o superintendente da Bradesco Capitalização, Douglas Duran Bejo; e o diretor Executivo da FenaCap, Carlos Alberto dos Santos Corrêa, ministrarão palestra no auditório da CNseg, no Rio de Janeiro, com o tema "Disciplina financeira com títulos de capitalização".
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