Evasão: um problema que prejudica muita gente
Poucas pessoas sabem que o número de viagens de ônibus realizadas para atender os passageiros de Belo Horizonte e a quantidade de ônibus em circulação nas linhas da capital estão diretamente relacionados ao total de usuários pagantes somado aos que têm direito à gratuidade. Dessa forma, quanto maior o número de passageiros que passam pela catraca, mais viagens serão realizadas e mais ônibus atenderão os usuários da linha, ou seja, menores serão os intervalos entre as viagens e o tempo de espera.
Uma das principais causas da redução do número de viagens são as pessoas que andam de ônibus e não pagam a passagem. Ao pular a roleta, embarcar pelas portas traseira e do meio ou permanecer na parte da frente do ônibus sem direito à gratuidade, são atos que geram evasão. Nesse caso, o usuário que pratica a irregularidade, considerada crime pelo código penal, não é, obviamente, registrado entre os pagantes ou entre os que têm direito à gratuidade. Não fazem parte, portanto, do número total de usuários que define a quantidade de viagens necessárias para o atendimento da população de Belo Horizonte.
Em resumo, quanto maior a evasão, menor o número de viagens e a quantidade de ônibus à disposição dos usuários.
Na tentativa de coibir a ação daqueles que pulam a roleta, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) busca atuar em parceria com as forças de Segurança Pública. Todas as ações criminosas dessa natureza, ocorridas no interior dos veículos e nas estações, são registradas em vídeo, que são encaminhados às autoridades policiais para a identificação dos responsáveis pelo ato criminoso.
Tarifas e inovações
Segundo o Consórcio Operacional do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus do Município de Belo Horizonte (Transfácil), a evasão também tem impacto sobre o índice de reajuste das tarifas. Quem paga passagem se vê penalizado duplamente: paga também por quem pula a roleta. A pessoa que pratica esse ato criminoso ajuda a elevar o índice de reajuste das tarifas do sistema de transporte coletivo de Belo Horizonte.
O problema não se restringe aos ônibus. O ato criminoso de pular a roleta também ocorre nas estações do BHBus e do Move. A evasão por si só é um crime que representa riscos para os usuários e traz consequências para todos. Para o sistema de transporte coletivo, esse crime contribui para o desequilíbrio econômico e financeiro, prejudicando a implantação de melhorias. Os usuários são os maiores prejudicados, pois a evasão reduz o conforto ao diminuir o número de viagens e de ônibus em circulação, além de afetar a economia pessoal ao se refletir nos índices de reajuste das tarifas.
Pelo fato de ser considerada crime, a evasão é foco de combate da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e da Guarda Municipal. Constantemente, esses órgãos, com apoio da Secretaria de Segurança Pública Municipal, promovem palestras com a comunidade, escolas, igrejas e centro de saúde de regiões que mais sofrem com a evasão, além de treinamentos com os operadores de transportes coletivos. O objetivo é evitar que o problema se prolifere e para que haja um maior controle da situação.
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