Incêndios em São Paulo e no Rio de Janeiro alertam para riscos de novas tragédias, aponta especialista
Os dois incêndios de grandes proporções que atingiram ontem o centro de São Paulo e a zona norte do Rio de Janeiro acenderam novamente o sinal de alerta para riscos de novas tragédias em edificações espalhadas pelo Brasil.
“O descaso do poder público associado à falta de fiscalização em estruturas prediais criam um ambiente propício a desastres. Boa parte desses acidentes poderiam ser evitados se houvesse o cumprimento das leis. Isto implicaria na utilização de equipamentos e sistemas mais eficientes no combate contra incêndios”, explica Marcelo Lima, diretor geral do ISB (Instituto Sprinkler Brasil).
O especialista aponta três pontos essenciais para que a preservação de edificações seja mais efetiva em eventuais focos de incêndio:
1) Instalação de sprinklers (chuveiros automáticos)
Em casos de princípios de incêndio, a utilização adequada de sprinklers pode garantir mais segurança física, patrimonial e financeira. Por ser acionado de forma automática em um incêndio, evita ou minimiza os prejuízos e diminui de forma significativa o risco de morte.
“Estudos internacionais revelam que a taxa de mortalidade em eventos deste tipo é 87% inferior quando as instalações afetadas contam com sistemas de sprinklers”, revela Marcelo.
2) Realizar inspeção e manutenção periódica
A inspeção e a manutenção periódica são necessárias porque indicam as condições reais de funcionamento do sistema de proteção contra incêndio e podem apontar, em tempo, eventuais falhas existentes, evitando a “falsa sensação de segurança” de quem pode vir a precisar dele.
“É muito comum o proprietário ou a administradora instalar o Sistema de Proteção Contra Incêndio nos galpões e depois não cuidar dele. O principal problema nos grandes incêndios vem da falta de manutenção e isso é um desperdício de investimento”, explica Lima.
3) Ficar atento às mudanças que acontecem nos depósitos
O Sistema de Prevenção Contra Incêndio em um galpão é determinado por meio da carga de incêndio, ou seja, com base em tudo o que tem potencial de queimar no local. Portanto, sempre que acontecerem alterações como, por exemplo, diversificação do tipo de produto, quantidade armazenada, assim como o aumento da altura das prateleiras para estocagem, entre outras questões, é necessário que o sistema seja readequado.
“O correto é que locais que armazenam produtos de diversas categorias devem ter seu Sistema de Prevenção Contra Incêndio projetado para a maior carga de incêndio”, conclui o especialista.
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