Ferramentas ergonômicas inovadoras aplicadas no setor automotivo brasileiro
Mariana Zuliani Theodoro de Lima (*)
Luana Spósito Valamede (**)
O setor automotivo é imprescindível para o desenvolvimento econômico dos países, cujas multinacionais estão constantemente aperfeiçoando seus processos produtivos. A concorrência entre essas empresas gera vantagens à economia brasileira de forma abrangente já que possui em seu território, filiais de montadoras internacionais que se instalaram no país a fim de aumentar a produção e atingir novos mercados.
Dentro do contexto do ambiente automobilístico, ao analisar a linha de produção, encontra-se o setor de montagem final (trim shop), onde se faz o encaixe de todas as peças de acabamento na carroceria. Essa fase possui maior intervenção direta dos trabalhadores para encontrar e corrigir os possíveis erros das etapas anteriores, o que faz aumentar as chances de acidentes como lesões, distúrbios osteomusculares e estresse ocupacional aos quais estão expostos.
Os denominados riscos ocupacionais podem ser evitados com a introdução dos conceitos ergonômicos, que buscam avaliar o colaborador em seu real posto de trabalho abordando, por exemplo, a postura corporal e os movimentos repetitivos. Desta forma, as inovações tecnológicas de âmbito ergonômico nas montadoras procuram aprimorar a técnica dos profissionais, diminuir os custos por danos de equipamentos e prevenir problemas de produção.
Nas filiais brasileiras, destaca-se o uso do exoesqueleto no Polo Automotivo da Fiat em Betim, Minas Gerais. Sendo um equipamento leve, ele acompanha os movimentos do colaborador em sincronia, fornecendo sustentação em tarefas que exijam esforço físico. Ao diminuir a fadiga muscular e o desgaste físico, essa inovação permite que as atividades sejam mais confortáveis, visando aumento de agilidade e produtividade.
A Volkswagen do Brasil, por sua vez, aperfeiçoou a ergonomia em seu setor usando simulações virtuais de forma totalmente empreendedora, ao utilizar uma tecnologia que já é sucesso na indústria do entretenimento, o sensor de movimento Kinect. Essa ferramenta é ligada aos computadores para captar as imagens dos colaboradores em operação, para que assim consiga avaliar as posturas adotadas por meio de softwares que analisam cada tarefa.
Serão por meio da informatização, da manufatura e de sistemas cibercinéticos que novas ferramentas como essas apresentadas poderão ser desenvolvidas, promovendo a capacidade de adaptação, a eficiência dos recursos e a preocupação com a ergonomia da produção nas linhas automotivas, garantindo uma melhor qualidade de vida e a retenção de custos às empresas.
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(*) Mariana Zuliani Theodoro de Lima, professora de engenharia do Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie campus Campinas.
(**) Luana Spósito Valamede, aluna de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie campus Campinas.
Sobre o Mackenzie
A Universidade Presbiteriana Mackenzie está entre as 100 melhores instituições de ensino da América Latina, segundo a pesquisa QS Quacquarelli Symonds University Rankings, uma organização internacional de pesquisa educacional, que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.
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