Investimentos diretos devem alcançar US$ 80 bilhões
Ingressos são esperados pelo Banco Central, para quem eleições não vão retardar investimentos externos no País neste ano
O Banco Central previu que os investimentos estrangeiros diretos no País poderão alcançar US$ 80 bilhões neste ano, apesar de ser um ano eleitoral. O balanço do BC, divulgado nesta sexta-feira (26), acrescenta que, no ano passado, os investimentos externos em direção ao País somaram US$ US$ 70,3 bilhões, valor abaixo dos US$ 75 bilhões projetados pelo BC para o ano.
Este foi também o menor volume desde 2013, ingressos de US$ 69,7 bilhões no País. "Em geral, temos visto que não tem ligação imediata e direta do calendário eleitoral e essas questões de incerteza com o fluxo de investimento direto, isso é mais comum para outros fluxos mais voláteis, como nas ações", afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, em entrevista. O especialista destacou que, em 2016, ano de eleições municipais, o investimento direto foi de US$ 78,2 bilhões. Enquanto em 2014, outro ano eleitoral, o investimento foi maior, de US$ 97,2 bilhões.
Na avaliação de Rocha, o resultado de 2017 "foi sólido e bastante significativo". O valor, segundo ele, fechou abaixo do esperado porque "alguns dos investimentos que imaginávamos que ocorreriam em dezembro não ocorreram. Ainda temos a perspectiva que ocorram ao longo do ano", disse ele.
Os sinais de melhora ainda não devem ser sentidos em janeiro. Até o dia 24 desse mês, o investimento direto estava em US$ 2,4 bilhões. O BC estima que o mês feche com um ingresso de US$ 3,5 bilhões no setor produtivo, valor abaixo de anos anteriores. Em 2017, que foi um ano atípico, foram investidos US$ 11,5 bilhões no mês, em 2016, US$ 5,4 bilhões, e em 2015, US$ 5,8 bilhões, segundo reportagem da Agência Brasil.
"Temos uma parcial, que significa pouco para o ano, temos 11 meses para correr e uma série de perspectiva de investimentos, concessões. Acho que esse dado, até agora, tem pouca aderência para a projeção de 2018 como um todo", disse Rocha.
No total, em 2017, as contas externas fecharam o ano com saldo negativo. O déficit em transações correntes, que são as compras e as vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do país com o mundo, ficou negativo em US$ 9,8 bilhões. O valor equivale a 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB).
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