A nova onda de emagrecimento acelerado, seja por cirurgia bariátrica, pelo uso de medicamentos como a Semaglutida e a Tirzepatida, ou mesmo por dietas restritivas, trouxe um efeito colateral apelidado de “derretimento facial”, devido a perda de gordura no rosto. Para contornar esse problema, tratamentos minimamente invasivos são aliados na prevenção e correção da perda de volume, utilizando preenchedores e biorremodeladores de ácido hialurônico capazes de redensificar a derme, estimular a produção de colágeno e devolver sustentação e volume à pele.

O tratamento com esses produtos pode ser iniciado antes mesmo do processo de emagrecimento, potencializando os resultados. A definição do protocolo adequado é feita pelo dermatologista ou cirurgião plástico, que pode associar diferentes tecnologias e ativos injetáveis. Mais do que preencher, a proposta é estimular a medicina regenerativa, fazendo com que o próprio corpo volte a produzir elastina e colágeno — proteínas essenciais para manter a firmeza, a elasticidade e a sustentação da pele. Para isso, é indispensável domínio técnico e uma avaliação tridimensional precisa.

Entre as opções disponíveis, um dos destaques é o Profhilo, biorremodelador tecidual à base de ácido hialurônico ultrapuro, distribuído no Brasil pela Aeskins. “Eu costumo chamar o Profhilo de um adubo para a pele. Ele ativa os receptores das células cutâneas, fazendo com que trabalhem de forma mais intensa. Com isso, aumenta a produção de elastina e de diferentes tipos de colágeno, fundamentais para manter a firmeza, elasticidade e sustentação do rosto”, explica o dermatologista e cirurgião plástico Cristopher Cunha. Esse estímulo inclui o colágeno tipo I, responsável pela resistência da pele; o tipo III, que garante flexibilidade; o tipo IV, que conecta as camadas cutâneas; e o tipo VII, que ancora a pele, evitando o aspecto de flacidez.

Outro pilar importante são os preenchedores de ácido hialurônico, como os da linha Sofiderm, aplicados de forma estratégica para devolver sustentação em pontos específicos — maçãs do rosto, têmporas e linha da mandíbula. A proposta não é aumentar artificialmente o volume, mas reposicionar o que foi perdido com o emagrecimento rápido. “O ácido hialurônico devolve suporte à pele e ainda atrai água para a região, melhorando também a hidratação”, reforça Cristopher Cunha. A molécula, vale lembrar, já está naturalmente presente na pele, onde atua como responsável por atrair e reter água, garantindo viço e hidratação desde as camadas mais profundas.

Além dos procedimentos em consultório, alguns cuidados em casa ajudam a reduzir os impactos da perda de peso sobre a face. Uma dieta rica em proteínas e a suplementação indicada pelo médico são essenciais para sustentar a produção de colágeno. Hidratação oral e tópica também são indispensáveis, assim como a prática de exercícios de força para preservar a massa muscular. O uso diário de protetor solar e, quando indicado, retinóides prescritos pelo médico, complementa a rotina de prevenção.

“O mais importante é que quem decide passar por uma perda de peso acelerada saiba que o rosto também vai sentir os efeitos. Mas, com acompanhamento adequado e os tratamentos certos, é possível prevenir esse derretimento facial e manter a harmonia da face”, conclui Cristopher Cunha.

Por que isso acontece?

Um artigo publicado no Aesthetic Surgery Journal mostrou que a perda maciça de peso associada ao uso das chamadas canetas emagrecedoras se relaciona a sinais de envelhecimento facial precoce, sobretudo pela devolumização de gordura na região malar e no terço médio da face. Já outro levantamento, no Obesity Surgery, apontou que pacientes submetidos à bariátrica apresentam alterações faciais marcantes, com maior tendência à flacidez e queda dos tecidos.

As regiões ao redor da boca, dos olhos e do pescoço são as mais atingidas, pois os chamados coxins de gordura desaparecem rapidamente, aprofundando sulcos como o bigode chinês e a linha da marionete. A desidratação causada por medicamentos ou dietas restritivas também compromete a retração cutânea, acentuando rugas e flacidez.

Segundo o dermatologista e cirurgião plástico Cristopher Cunha, a sustentação da face depende de depósitos de gordura distribuídos em diferentes camadas, além da produção contínua de colágeno e elastina. Quando o emagrecimento é rápido, essa rede de sustentação se desfaz sem dar tempo para a pele se adaptar. “Nos pacientes submetidos ao bypass — técnica de cirurgia bariátrica em que parte do intestino é desviada para reduzir a absorção de nutrientes — há queda importante na absorção de proteínas, vitaminas e minerais, fundamentais para a produção de colágeno e para a cicatrização. Isso impacta diretamente a qualidade da pele”, explica.

No caso dos medicamentos análogos de GLP-1, que imitam um hormônio natural do intestino que aumenta a saciedade, retarda o esvaziamento do estômago e ajuda a controlar a glicose, como a Semaglutida e a Tirzepatida, a situação também é desafiadora: estudos mostram que até 30% da perda de peso pode vir da massa muscular, o que repercute no rosto.

Sobre a Aeskins

A Aeskins é a unidade de negócios injetáveis do Grupo Medsystems, líder em inovação no setor de beleza e bem-estar, unindo o que há de mais potente em tecnologias, com o mais avançado em injetáveis no universo da medicina e alta estética. O foco da empresa é entregar uma minuciosa curadoria do que há de mais inovador e tecnológico no mercado, visando resultados de alto padrão em injetáveis para clínicas e pacientes.