Dia Mundial Sem Tabaco: 5 mitos e verdades sobre os cigarros eletrônicos
Disfarçado de "inofensivo", vape preocupa especialistas pela rápida popularização entre jovens e riscos graves à saúde
Neste Dia Mundial Sem Tabaco (31/05), o alerta das autoridades de saúde se volta para um novo vilão que vem ganhando espaço entre os jovens: o cigarro eletrônico, também conhecido como vape. Apesar da aparência moderna e da falsa impressão de que se trata de uma alternativa mais segura ao cigarro convencional, especialistas reforçam que os riscos à saúde são reais – e crescentes.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), adolescentes que utilizam cigarros eletrônicos têm maior propensão a se tornarem fumantes na vida adulta. Já o Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o uso de vapes aumenta em mais de quatro vezes a chance de um não fumante migrar para o cigarro comum. Os dados reforçam a necessidade de conscientização e combate ao uso desses dispositivos, especialmente entre o público mais jovem.
“Estamos diante de uma geração que está sendo fisgada pelo marketing sedutor dos cigarros eletrônicos, sem ter plena consciência dos impactos à saúde”, afirma William Nassib William Jr., líder nacional da especialidade tumores torácicos da Oncoclínicas&Co.
O que é o cigarro eletrônico?
O cigarro eletrônico é um dispositivo alimentado por bateria que aquece um líquido – chamado de e-liquid ou juice – contendo nicotina e outras substâncias químicas, muitas delas ainda desconhecidas. O vapor gerado simula a fumaça do cigarro tradicional, oferecendo ao usuário uma experiência semelhante ao ato de fumar.
Apesar de sua proposta inicial ter sido pensada como uma possível estratégia de redução de danos para fumantes, o dispositivo se popularizou entre jovens e não fumantes, tornando-se uma porta de entrada para o vício. O design moderno, os sabores adocicados e a ampla disseminação em redes sociais ajudam a disfarçar os perigos por trás do uso.
“Esses dispositivos se espalharam com uma rapidez impressionante e hoje estão presentes em festas, escolas, ambientes sociais e até dentro de casa. Isso amplia o risco de normalização do hábito e reforça o potencial viciante dos vapes”, alerta o especialista.
Mitos e verdades
- Cigarro eletrônico é uma alternativa segura ao cigarro tradicional
- MITO. Apesar da crença de que os vapes seriam menos prejudiciais, a verdade é que eles contêm nicotina e uma série de outras substâncias tóxicas. “Os danos à saúde respiratória e cardiovascular são significativos e, em muitos casos, comparáveis aos causados pelo cigarro tradicional”, ressalta William.
- O cigarro eletrônico é menos prejudicial ao corpo do que o cigarro tradicional
- MITO. Embora não haja combustão como no cigarro convencional, os líquidos aquecidos liberam compostos tóxicos, incluindo metais pesados e formaldeído.
- Os cigarros eletrônicos são regulamentados e seguros para uso
- MITO. No Brasil, a comercialização de cigarros eletrônicos é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), justamente pelos riscos à saúde e pela falta de evidências científicas sobre sua segurança. “Produtos adquiridos ilegalmente podem conter substâncias em concentrações imprevisíveis, tornando seu uso ainda mais perigoso”, comenta o oncologista.
- Usar cigarros eletrônicos causa dependência
- VERDADE. A maioria dos dispositivos contém nicotina, que é altamente viciante. Além disso, o uso contínuo, especialmente entre adolescentes, aumenta a vulnerabilidade à dependência. “Estamos vendo um retrocesso nas conquistas contra o tabagismo justamente por conta da popularização desses dispositivos”, observa.
- Existe o risco de explosão?
- VERDADE. Casos de explosões envolvendo cigarros eletrônicos foram documentados, com vítimas sofrendo queimaduras e lesões físicas. Segundo o INCA, o problema está relacionado principalmente a falhas nas baterias dos dispositivos, frequentemente de origem e qualidade duvidosa.
Um novo desafio para a saúde pública
A falsa sensação de segurança e o apelo visual dos cigarros eletrônicos criaram um novo desafio para a saúde pública. A comunidade médica, incluindo sociedades internacionais de oncologia e pneumologia, tem se mobilizado para alertar sobre os perigos do produto.
“Precisamos desmistificar a imagem de que o vape é inofensivo. Estamos diante de um dispositivo que, muitas vezes, dá início a uma jornada de dependência e danos à saúde que pode se estender por toda a vida.”, finaliza o Dr. William Nassib William Jr.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo hiperespecializado e inovador voltado para a jornada oncológica. Com um corpo clínico formado por mais de 2.900 médicos especialistas em oncologia, a companhia está presente em 40 cidades brasileiras, somando mais de 140 unidades. Com foco em pesquisa, tecnologia e inovação, o grupo realizou nos últimos 12 meses cerca de 682 mil tratamentos. A Oncoclínicas segue padrões internacionais de excelência, integrando clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade, potencializando o tratamento com medicina de precisão e genômica. Parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Harvard Medical School, adquiriu a Boston Lighthouse Innovation (EUA) e possui participação na MedSir (Espanha). Integra ainda o índice IDIVERSA da B3, reforçando seu compromisso com a diversidade. Com o objetivo de ampliar sua missão global de vencer o câncer, a Oncoclínicas chegou à Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando sua expertise oncológica para um novo continente.
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