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Novas tecnologias são aliadas na democratização do acesso à saúde no Brasil

  • Terça, 14 Setembro 2021 09:51
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Vanessa Brauer
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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por Ana Carolina Lucchese, diretora da Tuinda Care

Não resta dúvida de que a Telemedicina é um dos maiores legados da pandemia. As consultas remotas atingiram um patamar de relevância inédito no Brasil e têm evitado a ida de milhares de pacientes a hospitais, clínicas, laboratório, locais com alto índice de contaminação por Covid-19. Um novo hábito que carrega consigo outros tantos benefícios, como menos deslocamentos, otimização de tempo e redução de custos. E a tendência é que cada vez mais pessoas tenham acesso e vivam essa experiência.

Comodidade e otimização de recursos que podem se ampliar. Imagine que além de fazer uma consulta por videochamada, já é possível realizar, sentado no sofá de casa, um exame físico de otoscopia (para avaliar as estruturas do ouvido, como o canal auditivo e o tímpano); analisar uma possível infecção da garganta; auscultar pulmão, coração e abdômen; medir a temperatura; e fazer imagens daquela lesão na pele que está preocupando. Tudo isso com alta acurácia e muita segurança. Todos os resultados são enviados em tempo real para o médico que, lá do outro lado da linha, avalia o quadro do paciente, emite o diagnóstico na hora e já inicia o tratamento necessário.

Você deve estar se perguntando: “mas será que os resultados são confiáveis?”. Um estudo apresentado em um congresso europeu comprovou que sim. Os dados coletados de 193 pacientes submetidos a exames físicos realizados com o equipamento TytoCare foram comparados com o exame físico tradicional/presencial para verificação da compatibilidade dos dois métodos. E os resultados não deixam dúvida que essa é sim uma ferramenta que pode mudar o cenário de múltiplas práticas clínicas, tornando possível o acompanhamento remoto de indicadores que antes só eram possíveis presencialmente.

O ensaio que mencionei apontou concordância de 98% no caso da ausculta pulmonar, 96% em ruído do tórax, 94% em ruídos adventícios, 93% no ritmo do coração, dentre outros exames comparados, todos com alto grau de precisão. É sempre gratificante ver como a tecnologia, em uso, provoca reações de encantamento em médicos de diversas especialidades, que ficam surpresos com o grau de nitidez dos exames realizados à distância e as possibilidades que vislumbram a partir deles.

Atualmente esta plataforma tecnológica é utilizada pelos hospitais de referência em pediatria no Brasil, Pequeno Príncipe e Sabará – que são aceleradores da startup Tuinda Care, distribuidora exclusiva da tecnologia TytoCare no Brasil –, pela operadora de Saúde Care Plus, dentre outras instituições de saúde.

E pode beneficiar muito mais pessoas. Na rede pública, por exemplo, o equipamento poderia ajudar milhares de brasileiros com acesso restrito a medicina. Imagine uma comunidade ribeirinha inteira com acesso a cuidados médicos de qualidade com um aparelho que necessita apenas de sinal de internet para funcionar. Cidades afastadas e desassistidas podem ter acesso imediato a especialidades médicas, que antes só estavam disponíveis a dias de viagem de distância. Ou ainda pessoas dos grandes centros que tenham dificuldade de locomoção, para as quais uma ida ao hospital ou a um centro clínico para ter atendimento médico pode significar um enorme transtorno.

Acredito que a telemedicina ainda trará outro benefício ainda maior, que será sentido a longo prazo: o empoderamento das pessoas e das famílias no cuidado de sua saúde. Ao levar o atendimento médico para dentro de suas casas, combinado com o uso de equipamentos que permitem a cada um monitorar seus sinais vitais e realizar exames como uma otoscopia sem a presença do médico, sentimos que o paciente se engaja mais em seu diagnóstico e no acompanhamento da evolução do seu próprio quadro. O paciente passa a se sentir protagonista, entendendo que precisa exercer papel ativo no gerenciamento da sua saúde. Como, aliás, deveria ser. Afinal, de nada adianta o médico passar recomendações e prescrições se o paciente não as seguir – muitas vezes é preciso alterar rotinas e hábitos, e para isso é fundamental estar engajado.

Estamos entrando em uma nova era, com a tecnologia e conectividade unindo pontas antes distantes e mudando a forma como cuidamos de nossa saúde. Pensar na democratização do acesso a excelência médica em todo o país não é mais um sonho distante. É uma realidade prestes a acontecer.


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