Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia compartilha dicas para a prática segura do skate
O skate foi sucesso nas Olímpiadas e promete continuar em alta com a animação e a curiosidade dos brasileiros pelo esporte
O mundo inteiro assistiu o sucesso da estreia do skate nos Jogos Olímpicos 2020, e com as medalhas de prata da fadinha do skate, Rayssa Leal, de apenas 13 anos; Kelvin Hoefler e Pedro Barros, o entusiasmo pelo esporte cresceu no Brasil.
O sucesso foi tanto que o Google Trends registrou um aumento de quase 100% na procura da palavra “skate” nas pesquisas da web entre os dias 25 e 26 de julho.
Com o sucesso brasileiro nos Jogos Olímpicos, a motivação pela prática de esporte tende a crescer por aqui. Desta forma, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT faz algumas recomendações para quem quer se aventurar neste esporte. Segundo Jean Klay Santos Machado, presidente da Comissão de Campanhas Públicas e Responsabilidade Social da SBOT e atuante em trauma ortopédico, é fundamental, antes de tudo, comprar um skate que seja regulamentado e que sejam realizadas revisões periódicas para assegurar o adequado funcionamento do equipamento.
“É preciso ressaltar a importância do uso de equipamentos de segurança, além de um tênis próprio para a prática do esporte que proporcione maior estabilidade para o tornozelo. Também é importante o uso de joelheira, cotoveleira e capacete”, afirma Jean Klay.
Recomendações para praticar o esporte com segurança:
● Escolha o modelo ideal de skate para você, em termos corretos, a escolha do formato do equipamento;
● Use sempre equipamentos de segurança como joelheira, cotoveleira e capacete;
● Comece em lugares tranquilos e realizando manobras mais fáceis, aprendendo aos poucos;
● Atente-se à sua postura, com os joelhos levemente flexionados, para facilitar o equilíbrio.
A prática do esporte
A prática do skate tem mais de 50 anos e tornou-se popular devido ao aprimoramento tecnológico das pranchas e do aparecimento de parques específicos para a sua prática, com rampas e pistas desafiadoras confeccionadas de cimento. “Só para dar uma ideia da evolução deste esporte, no final dos anos 1970, havia cerca de 20 milhões de jovens skatistas nos Estados Unidos e 2 milhões no Reino Unido. No entanto, paralelo a essa primeira onda de disseminação, houve aumento das lesões entre os praticantes, o que levou ao subsequente declínio da difusão do esporte no início dos anos 80”, acentua William Dias Balangero, presidente do Comitê de Trauma Ortopédico da SBOT.
A frequência de lesões associadas ao skate chegou a ser de 66.000 por ano em uma população de até 15 milhões de praticantes nos EUA. Fraturas das extremidades superiores e inferiores são as mais frequentes atingindo entre 22 e 74% dos casos. “Mais da metade dos ferimentos, que envolvem abrasões, contusões e de fraturas, acometem o cotovelo, o punho e o antebraço. Essas lesões ocorrem quando o skatista usa o membro superior para proteger a cabeça durante as quedas”, compartilha Balangero.
Para evitar lesões sérias, ainda mais para um público iniciante, o ortopedista Jean Klay, alerta sobre a importância de um acompanhamento adequado por profissionais capacitados no treinamento desta modalidade esportiva. “As lesões mais comuns são as entorses que podem ser acompanhados das lesões ligamentares, principalmente de tornozelo e joelho. Já as fraturas são mais comuns no punho e no cotovelo, devido as quedas. Em caso de lesões, não deixe de procurar um ortopedista membro titular da SBOT”, finaliza Klay.
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