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No inverno, os cuidados com a pele devem ser redobrados

  • Terça, 17 Agosto 2021 09:47
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Valéria Vargas
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Banhos quentes pioram o quadro da miastenia e a falta de hidratação deixam a pele ressecada e sem viço

O inverno no Brasil este ano está mais rigoroso em várias partes do País, com baixas temperaturas atreladas a algumas frentes frias. E com os dias mais frios é normal que as pessoas tomem banhos quentes e demorados para esquentar o corpo. Só que esta sensação de calor provocada pelo banho quente é prejudicial ao paciente com Miastenia Gravis. Isso porque o relaxamento muscular causado pelo banho deixa o corpo ainda mais cansado, causando ou agravando o quadro de fadiga. Este é, aliás, um dos sintomas da Miastenia Gravis, doença neuromuscular rara caracterizada pela súbita interrupção da comunicação natural entre nervos e músculos. Como a doença afeta a parte do músculo que se conecta com o nervo, ela dificulta, e muitas vezes chega a impedir que o paciente execute os movimentos do cotidiano de forma voluntária. Essa fraqueza pode atingir qualquer músculo, mas destacam-se a fadiga muscular de braços e pernas, queda das pálpebras, visão dupla e durante as crises, pode levar a dificuldade da fala, da mastigação e da deglutição.

Mas o fato de o paciente ser portador de Miastenia Gravis não o impede de cuidar da pele do corpo e do rosto. Aliás, segundo os especialistas, ao contrário de alguns medicamentos, o uso de produtos tópicos e até alguns tipos de tratamento estéticos não afetam o quadro da doença. E como a temporada de frio acaba por deixar a pele mais ressecada e sem viço, é preciso investir em hidratação potente para reverter o quadro, bem como é possível aproveitar a estação para investir em procedimentos estéticos tanto para combater rugas como a flacidez.

Invista em bons hidratantes

A médica dermatologista Debora Campozan, de Campinas, São Paulo, especialista em Medicina Estética e Nutrologia, e parceira da Miastenia, afirma que investir na limpeza da pele e em bons hidratantes é importante para todos os tipos de pele, e que no caso dos miastênicos não seria diferente. “Na hora de escolher o hidratante para o rosto, vale a pena pensar antes no veículo. Ou seja, independente do cosmético que você vai usar, é preciso antes saber o seu tipo de pele, pois um poderoso hidratante como o ácido hialurônico, por exemplo, que também é indicado como antirrugas, pode estar inserido numa base que pode ser desde um creme, uma loção, um gel e até numa pomada”, esclarece a médica. “Em pacientes de pele oleosa, podemos optar por veículos em gel ou hidratantes em sérum que são de toque mais fino e penetram melhor na tez sem deixá-la oleosa. Já em pacientes com pele seca, então é possível abusar dos cremes e até dos séruns mais oleosos, para que sejam melhor absorvidos, sem deixar a tez repuxando”, explica. “E no caso de quem tem ptose de pálpebras, fazer compressas de gelo na região dos olhos, por alguns minutos pode melhorar a ptose de uma maneira quase que instantânea”, ensina.

A médica lembra que caprichar num protetor solar é imprescindível, já que os raios solares envelhecem muito a pele, e isso independe se estamos no verão ou no inverno.

No caso da hidratação corporal, a médica só faz uma ressalva ao uso de hidratantes à base de óleo. “Imagine que o óleo faz uma camada em cima da pele, nada penetra, mas também nada sai. Então se a tez está bem hidratada ele mantém, mas se ela está ressecada ele também impede de entrar qualquer tipo de hidratação”, avalia. “O ideal nestes casos é usar hidratantes em creme ou em loção”, recomenda. Segundo ela, o creme pode ser desde aqueles que são à base de ureia, que têm grande poder de hidratação até os mais poderosos com ação antienvelhecimento e enriquecido com vitaminas e firmadores para a pele do corpo.

Tratamentos estéticos indicados

A dermatologista Debora Campozan afirma que o paciente miastênico está liberado para fazer a maioria dos procedimentos estéticos como as pessoas que não têm a doença. Ela lembra apenas que alguns tratamentos precisam de ajustes durante a aplicação e podem não ter uma resposta tão rápida e previsível, necessitando, em alguns casos, de maior número de sessões para atingir o resultado esperado.

As principais ressalvas ficam para a toxina botulínica, cuja técnica de aplicação, reconstituição e escolha do produto requerem cuidado especial. E também aqueles que aquecem a musculatura ou regiões mais profundas da pele, que têm por objetivo uma ação antienvelhecimento. “Com os tratamentos que aquecem a cútis, como a radiofrequência, é necessário tomar cuidado, fazer a uma certa distância da região dos olhos e calibrar o aparelho com parâmetros específicos para o paciente miastênico”, afirma. “Por outro lado, o ultrassom microfocado, que age como se fosse um ponto de coagulação dentro da musculatura ou na derme profunda, por ter o aquecimento bem concentrado, pode ser usado com bastante segurança”, considera.

De acordo com a dermatologista, a toxina botulínica pode ser usada, desde que seja aplicada com uma técnica diferenciada para que não seja feita muito próxima da musculatura orbicular dos olhos para não criar um risco de piorar ou gerar ptose. Mesmo assim, segundo Debora Campozan, já existe um protocolo específico para este caso. “Os bioestimuladores de colágeno também podem ser usados por pacientes com miastenia. “Aplicamos o produto (Ácido poli L Lático ou Hidroxiapatita de Cálcio) e esperamos que o organismo produza uma certa quantidade de colágeno. Essa resposta é que pode não ser tão imediata como ocorre com pessoas sem doenças inflamatórias, mas conseguimos resultados bastante satisfatórios no rejuvenescimento da pele”, afirma. “Luz intensa pulsada, laser fracionado, tanto ablativos quanto não ablativos também podem ser usados sem necessidade de nenhum ajuste de parâmetros e os resultados são excelentes”, considera.


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