SEGS Portal Nacional

Saúde

Estudo da ABE traz impactos da covid em pessoas com epilepsia

  • Terça, 03 Agosto 2021 10:45
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Giulia Marini
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
  • Imprimir

Para 66,6% dos pacientes entrevistados não houve atendimento de telemedicina durante a pandemia

Assim como tem acontecido com pacientes que enfrentam outros problemas de saúde, a pandemia também tem impactado a qualidade de vida e o tratamento médico de pessoas com epilepsia. É o que aponta o estudo “Covid 19 e Epilepsia: Como estão as pessoas com epilepsia no Brasil?” feito pela Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), que contou com 464 participantes, sendo 82% pacientes (PCE) e 18% cuidadores. Dos pacientes entrevistados, 26,3% relataram aumento das convulsões, enquanto 36% relataram dificuldades na manutenção dos tratamentos e atendimentos periódicos.

Realizada por questionário on-line, a pesquisa ainda constata que 66,6% dos pacientes não tiveram acesso aos serviços de telemedicina, alternativa encontrada para viabilizar muitos dos cuidados com a saúde, no período de restrição à mobilidade social.

Outros problemas foram levantados, como a dificuldade para conseguir receitas médicas pela interrupção nas consultas presenciais e as preocupações psicológicas e sociais impactando no bem-estar. Com a crise sanitária gerada pela Covid, além da necessidade de restrição social para diminuir o contágio, houve a reestruturação emergencial do sistema de saúde, impactando estrutura, profissionais do setor e pacientes.

Para um dos responsáveis pelo estudo, o neurologista e vice-presidente da ABE, Dr. Lecio Figueira Pinto, a falta de tratamento ou longo período sem cuidados pode trazer graves consequências. “Existe risco de piorarem os quadros, com possibilidade de lesões, piora da parte cognitiva, emocional e até mesmo risco de morte pelas crises”.

Vacinação - Para minimizar tais problemas, a ABE enviou, em junho, uma requisição à ALESP (Associação Legislativa de São Paulo) para a inclusão de pacientes com quadros mais críticos no grupo prioritário da vacinação conta a Covid. “Nós tentamos solicitar essa prioridade, o processo está em análise. Agora, a vacinação entrou num ritmo mais acelerado. Em alguns países como Portugal, é prioridade, outros seguem apenas a imunização por faixa etária”, conta a presidente da ABE, Maria Alice Susemihl”. Dentre as várias justificativas apontadas estão a incidência de casos em pacientes com epilepsia ativa, a vulnerabilidade social e as implicações na descontinuidade do tratamento.

Em alguns casos, a epilepsia surge em decorrências de outras comorbidades graves como Acidente Vascular Cerebral (AVC), tumores, doenças imunológicas, deficiência física ou mental. Segundo o Dr. Lécio, todas essas doenças foram incluídas como prioridade na vacinação, mas, as pessoas com epilepsia não entraram no grupo. “Há uma variedade grande de casos. Para alguns pacientes, a doença não tem tanto impacto, permitindo uma vida normal, mas há casos que são graves e que exigem acompanhamento periódico”, informa o neurologista.

A doença – A epilepsia é uma doença neurológica que ocorre quando há um aumento síncrono e excessivo nos impulsos elétricos, gerando convulsões, perda de controle dos movimentos e, em alguns casos, levando a perda da consciência e morte. A doença afeta 70 milhões de pessoas, ao redor do mundo, conforme menciona a pesquisa.

Diante de um cenário em que já são previstos represamentos de doenças como um dos impactos a serem enfrentados no pós-pandemia, a imunização é fundamental em todos os quadros para evitar que os problemas apontados na pesquisa permaneçam por longo tempo.

O estudo da ABE está disponível on-line em inglês - “COVID-19 and epilepsy: How are people with epilepsy in Brazil?” - e será publicado na edição 122 do periódico internacional Epilepsy & Behavior, em setembro de 2021. Conduzido pelos membros da ABE, Maria Alice Sushemi, Dr. Lécio Figueira Pinto, Dra. Laura Maria Guilhoto e Ma. Amanda Cristina Mosini, teve como objetivo verificar a situação dos PCEs, com relação ao acesso à medicamentos anticonvulcionantes, consultas e a regularidade das crises, em meio ao enfrentamento da pandemia. A Associação faz parte do International Bureau for Epilepsy.


Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
 

<::::::::::::::::::::>

 

 

+SAUDE ::

Dez 19, 2025 Saúde

Cuidados com as doenças autoimunes no verão

Dez 19, 2025 Saúde

Festas de Fim de Ano e Obesidade: Quando a Bariátrica…

Dez 19, 2025 Saúde

HIV/Aids: especialistas explicam a importância da…

Dez 18, 2025 Saúde

Pós sol vai além da hidratação: por que restaurar a…

Dez 18, 2025 Saúde

Viagens de verão exigem cuidados com a saúde vascular

Dez 18, 2025 Saúde

Dezembro Vermelho: 5 curiosidades que você precisa…

Dez 17, 2025 Saúde

Festas de fim de ano: como preparar o intestino para…

Dez 17, 2025 Saúde

Baixa procura dos homens por atendimento médico aumenta…

Dez 17, 2025 Saúde

Verão: Impulso oferece às marcas possibilidade de…

Dez 16, 2025 Saúde

Magnésio e fígado gorduroso: novos estudos mostram como…

Dez 16, 2025 Saúde

Verão mais quente e chuvas intensas aceleram a…

Dez 16, 2025 Saúde

Serotonina em alta: suplementos para equilíbrio…

Dez 15, 2025 Saúde

Escarlatina e o impacto na saúde bucal

Dez 15, 2025 Saúde

Vitiligo: uma condição de pele com impactos que vão…

Dez 15, 2025 Saúde

Você já ouviu falar em cinesiofobia? Medo de sentir dor…

Dez 12, 2025 Saúde

Pesquisa revela relação entre problema de saúde oral e…

Mais SAUDE>>

Copyright ©2025 SEGS Portal Nacional de Seguros, Saúde, Info, Ti, Educação


main version