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Médico explica o que é Lipedema, a doença que causa acúmulo de gordura nas pernas e acomete milhões de brasileiras

  • Quinta, 08 Julho 2021 07:00
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Marina F. Camargo
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Estima-se que 5 milhões de mulheres no Brasil tenham a doença e não sabem; Atinge quase que exclusivamente este público, pois está associado a um padrão hormonal feminino

Médico pioneiro no tratamento da doença no país fala sobre as causas e sintomas do Lipedema, além da importância do diagnóstico precoce

O Lipedema é uma doença progressiva pouco conhecida no país, causada por acúmulo de gordura nos braços, pernas e quadris, que provoca, entre muitos sintomas, dores, hematomas e dificuldade de locomoção. Estima-se que cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil tenham a doença e não sabem, já que é confundida na maioria dos casos com obesidade, pela falta de conhecimento da classe médica. Por conta disso, o Instituto Lipedema Brasil (www.institutolipedemabrasil.com.br), o primeiro centro de referência da doença no país, criou um movimento online para apresentar a doença para a sociedade e mobilizar todas essas mulheres.

O que é o Lipedema?

O Lipedema é uma doença progressiva causada por acúmulo de gordura em regiões específicas do corpo como braços, pernas e quadris, que provoca sofrimento físico e psicológico. É confundida muitas vezes com obesidade, por falta de conhecimento e de informação da classe médica. O Lipedema atinge quase que exclusivamente o público feminino, pois está associado a um padrão hormonal feminino.

Como identificar – As principais características do Lipedema, que possui quatro estágios, são: dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo, no tornozelo parece que há um “garrote” e os joelhos perdem o contorno. A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões.

A doença deverá ser incluída no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) em 2022. Atualmente, há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico - com técnicas que amenizam a dor (por meio de dietas anti-inflamatórias e exercícios físicos), e o cirúrgico, que remove as células de gordura.

Dados sobre Lipedema - A realidade no Brasil

Um dos problemas é o diagnóstico equivocado. Segundo estudo recente*, apenas 9% dos médicos estavam aptos a fazer o diagnóstico da doença;
Costuma ser confundida com obesidade em 75% das pacientes ouvidas no estudo;
63% das pacientes revelaram histórico familiar da doença, algumas vezes acometendo três gerações: avó, mãe e a paciente, evidenciando a tese de que a doença pode ser genética.
O Lipedema não é uma doença estética e, por isso, demanda tratamentos clínico e cirúrgico;
A doença não é fatal, mas atrapalha a qualidade de vida da mulher de tal forma, que pode desencadear distúrbios como depressão, obesidade, perda de mobilidade e redução de auto estima.
O estudo revelou que 94% das pacientes ouvidas relataram limitação física e impacto psicossocial devido à doença;
O Lipedema deverá ser incluído apenas no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) em 2022;
Não há tratamento gratuito para a doença no SUS ou pelos convênios médicos;
No Brasil, há poucos médicos especialistas no tratamento da doença;

Uma campanha online que visa ajudar as 5 milhões de mulheres com a doença no país foi criada pelo Instituto Lipedema Brasil: www.change.org/LIPEDEMA-Acesso-ao-tratamento

O Instituto tem realizado ações online como ciclo de palestras e lives com a participação de especialistas nacionais e internacionais, que debatem sobre a doença, além de colher depoimentos de pessoas com Lipedema, sob diversas óticas com divulgação em seus canais sociais. O objetivo é transmitir mensagens importantes de apoio, de conscientização e compartilhar declarações para que todas essas mulheres - as que sabem que têm a doença e não podem fazer o tratamento, e as que ainda não sabem - não se sintam sozinhas.


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