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Março Borgonha – Campanha da Abrale promove conscientização sobre o Mieloma Múltiplo

  • Sexta, 05 Março 2021 12:10
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Fernanda d´Avila
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Pacientes com este tipo de câncer, mais comum em pessoas com mais de 60 anos, possuem mais risco de desenvolver complicações pela COVID-19

O mieloma múltiplo (MM) é um tipo de câncer do sangue que tem início na medula óssea quando, no momento em que os linfócitos B estão se diferenciando, acontece um erro e eles se tornam plasmócitos anormais. Essas células podem se aglomerar e formar tumores tanto dentro do osso (intramedular) quanto fora (extramedular). Quando existem vários grupos de plasmócitos, dá-se o nome de mieloma múltiplo.

O Instituto Nacional de Câncer não possui estimativas da incidência da doença no Brasil. Segundo dados internacionais, atinge quatro a cada cem mil pessoas, o que representaria cerca de 8 mil casos anuais por aqui.

“Como na maior parte dos casos de câncer, quanto antes o mieloma múltiplo for diagnosticado, melhor”, destaca a presidente da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, Merula Steagall. Durante todo o mês, a Abrale divulga a campanha Março Borgonha, para alertar sobre os sinais e tratamento da doença.

O reconhecimento da doença e o início rápido do tratamento é fundamental para melhores prognósticos, especialmente neste cenário de pandemia. Os pacientes com mieloma múltiplo são considerados de risco para desenvolvimento de complicações para a COVID-19. Também estão na lista dos grupos prioritários no Plano Nacional de Vacinação para receber a imunização. As vacinas aprovadas para uso emergencial no Brasil são feitas com vírus inativado, portanto, seguras aos pacientes com câncer.

Em 2020, a Abrale foi responsável pela coleta de dados brasileiros para uma pesquisa internacional sobre os obstáculos que pacientes com mieloma múltiplo enfrentaram durante a pandemia. Foram entrevistados cerca de 300 pacientes no Canadá e América Latina para levantar dados da doença e da condição dos pacientes, inclusive, o impacto socioeconômico e o difícil acesso ao tratamento.

O levantamento demonstrou que a dificuldade para falar com um médico especialista e a distância dos hospitais foram os maiores impasses que os indivíduos encontraram no “novo normal” que vivenciamos.

Dentre as dificuldades identificadas, 37% dos entrevistados alegaram ter problemas com as instalações de tratamento devido a conflitos relacionados à pandemia, transporte e distância.

O que é o mieloma múltiplo

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer de sangue mais comum aos idosos, mais pode ocorrer em adultos jovens e até em crianças. Alguns pacientes podem ser assintomáticos, ou seja, não apresentar nenhum tipo de sinal da doença – em especial, se os plasmócitos se infiltram em pouca quantidade na medula óssea e a produção de proteína M (um amontoado de proteínas “bagunçadas”, geradas pelos plasmócitos anormais) é pequena.

Já nas situações em que há uma maior infiltração e maior produção da proteína M, o paciente poderá apresentar sinais como cansaço extremo, fraqueza, palidez e perda de peso; mau funcionamento dos rins, inchaço nas pernas; sede exagerada, perda de apetite, constipação grave; dores ósseas (especialmente na coluna) e fraturas espontâneas; além de infecções constantes.

Para os pacientes assintomáticos, muitas vezes o diagnóstico de mieloma múltiplo é realizado através de exames de rotina. O mais usual é o exame de sangue comum, em que é possível ver as alterações das células.

“Atualmente, para o paciente sintomático, as classes terapêuticas existentes trazem excelentes resultados: quimioterapia, transplante de medula óssea autólogo, imunomoduladores, inibidores de proteassoma e até mesmo a imunoterapia”, afirma o onco-hematologista Breno Gusmão, integrante do Comitê Médico da Abrale. “Temos a expectativa de novidades, como a utilização do CAR T Cell (a partir de células de defesa reprogramadas do próprio paciente), anticorpos biespecíficos e anticorpos conjugados, que se apresentam como uma revolução na ciência”, ressalta.

Sobre a ABRALE

A Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) foi fundada por pacientes e familiares em 2002, com a missão de oferecer ajuda e mobilizar parceiros para que todas as pessoas com câncer do sangue no Brasil tenham acesso ao melhor tratamento. A atuação da associação é sustentada por quatro pilares: Apoio ao Paciente, Educação e Informação, Pesquisa e Monitoramento e Políticas Públicas.


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