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Novembro registra recorde de casos de COVID-19 entre hospitais privados

  • Quinta, 25 Fevereiro 2021 08:41
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Bruna Sales
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Hospitais fecharam o ano com despesa elevada, receita reduzida e sob o efeito de um novo aumento no número de casos de Covid-19

Apesar dos desafios impostos pela pandemia e da luta diária para mitigar os efeitos da crise trazida pelo novo coronavírus, os hospitais privados chegaram em dezembro de 2020 com resultados financeiros inferiores aos de 2019, de acordo com os dados da 5ª edição da Nota Técnica (NT) do Observatório da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp). Baseando-se na análise dos indicadores de seus 118 hospitais, a NT revela que as instituições fecharam o ano com despesa elevada e receita reduzida sob o efeito da segunda onda de casos de Covid-19, nos últimos dois meses de 2020. Além dos resultados do último trimestre e comparativo com períodos anteriores, o documento que acaba de ser divulgado traz um balanço preliminar de 2020. O relatório completo pode ser conferido em https://www.anahp.com.br/pdf/nt-observatorio-5a-edicao-fevereiro2021.pdf. Os dados finais referentes ao ano passado serão divulgados no Observatório 2021 - 13ª edição, que será lançado em maio deste ano.

Entre as análises, está o crescimento no número de pacientes atendidos na urgência e emergência com suspeita de Covid-19, que vinha apresentando queda desde junho, mas que já em outubro voltou a aumentar. Novembro registrou a maior taxa do ano (20,8%), mantendo um resultado ainda elevado em dezembro, apesar de uma pequena queda de 0,8%.

A taxa de pacientes com suspeita de Covid-19 atendidos no pronto-socorro (PS) com diagnóstico positivo confirmado para a doença passou de 30,5% em outubro para 35,4% em novembro, chegando a dezembro com 41,2% - taxa muito próxima à registrada ao pico da pandemia, em junho (41,5%). Os casos convertidos em internação acompanharam a tendência de crescimento e, de 1,7% em outubro, foram para 2,8% em dezembro.

Taxas de Ocupação de leitos vs Covid

Mesmo somando as internações por Covid-19 com as de outras enfermidades, os hospitais associados à Anahp apresentaram em 2020 uma queda de mais de 9 pontos percentuais (p.p.) na taxa de ocupação de leitos em relação à 2019, passando de 77% para 67,7% em 2020.

A redução foi causada, principalmente, pelo adiamento de procedimentos e cirurgias eletivas, que ocorreu a partir de abril devido à Covid-19, somado ao receio dos usuários em buscar o cuidado hospitalar e ambulatorial na pandemia. Em relação ao total de internações, é possível verificar aumento em 2020 nas relacionadas às doenças infecciosas, onde está classificada a Covid-19, e diminuição naquelas relacionadas a enfermidades que afetam os aparelhos respiratório, digestivo e circulatório, por exemplo.

"Ao longo de toda a pandemia, temos conscientizado a população sobre a importância de manter os cuidados com a saúde. É preocupante vermos que a situação ainda não se normalizou. O adiamento de consultas, exames, cirurgias e procedimentos eletivos coloca a vida das pessoas em risco, além de causar impactos no setor de saúde, que terá que lidar tanto com a baixa demanda de agora quanto com uma demanda reprimida pós-pandemia. É preciso retomar as rotinas médicas para diagnóstico precoce e um tratamento mais efetivo", reforça Ary Ribeiro, editor do Observatório Anahp e CEO do Sabará Hospital Infantil.

Diante dos custos fixos e da queda na receita, em 2020, as despesas dos hospitais Anahp ultrapassaram as receitas, impactando a margem EBITDA, que chegou a ser negativa em abril. Embora tenham começado uma recuperação gradativa nos meses seguintes, no acumulado de 2020 a margem EBITDA ficou em 8,1%, mostrando uma queda significativa de 4,3 p.p., na comparação com o ano passado (12,4%). O resultado fica ainda pior quando comparado a 2017 (13,1%) e 2018 (13,7%).

"Com base nos resultados obtidos, verificamos uma gradativa recuperação nos últimos meses, mas ainda assim os números do quarto trimestre de 2020 são piores do que os do mesmo período de 2019. Em alguns indicadores, registramos o pior resultado dos últimos quatro anos, como ocorreu com as taxas de ocupação de leitos", revela André Medici, editor da Nota Técnica - Observatório Anahp, economista de saúde e consultor internacional.

A análise de outros indicadores de gestão operacional, econômica e financeira, em esferas nacional e regional, pode ser conferida na versão completa da 5ª edição da Nota Técnica (NT) - Observatório Anahp, disponível em https://www.anahp.com.br/pdf/nt-observatorio-5a-edicao-fevereiro2021.pdf .


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