Dia Mundial de Combate ao Diabetes: pacientes com a doença sem controle podem ter complicações em procedimentos odontológicos
O dia 14 de novembro foi instituído como o Dia Mundial de Combate ao Diabetes. A data é importante para reforçar as medidas de controle e prevenção à doença, caracterizada pelo aumento da taxa de glicose no sangue. Pessoas diabéticas com a doença sem monitoramento podem, por exemplo, apresentar uma série de complicações em certos procedimentos odontológicos invasivos.
O ideal para pacientes submetidos a tais procedimentos, como cirurgias de extração e de implante dentário, é que eles estejam com a glicose regulada, não apenas para melhor recuperação, mas também para sua saúde de um modo geral. “Mas sabemos que este controle pode ser difícil para muitos. O paciente que não consegue controlar sua glicemia pode sim realizar procedimentos odontológicos invasivos, desde que procure um especialista no assunto a fim de prevenir possíveis problemas”, frisa Janaína Medina, presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).
O cirurgião-dentista deve estar atento a um possível atraso na cicatrização e eventuais quadros de infecção local após cirurgias em pacientes com a glicose descompensada. Ainda é importante entender que processos infecciosos em pacientes diabéticos podem contribuir para desencadear e perpetuar quadros de descontrole glicêmico. “A grosso modo, quando temos infecção, há morte celular (pus). Desta forma, mais açúcar acaba sendo liberado para a corrente sanguínea”, acrescenta Janaína.
Como já é de praxe, o cirurgião-dentista deve fazer uma anamnese detalhada e conhecer os hábitos e as medicações que o paciente faz uso, além de reconhecer os sinais e sintomas da hipoglicemia e hiperglicemia.
É aconselhável ainda sempre aferir a glicemia antes das consultas e podem ser indicados alguns exames de sangue como hemoglobina glicada”.
Diabetes e saúde das gengivas
Outra complicação bucal frequente que merece atenção dos diabéticos são as doenças gengivais. A periodontite, por exemplo, decorre da inflamação da gengiva e dos tecidos que suportam os dentes. Ela acontece pela presença de bactérias somada à higiene deficiente e a sua severidade está relacionada à resposta imunológica do paciente.
“O paciente diabético descompensado tem alterações em sua resposta imunológica que levam à dificuldade no processo de cicatrização. Se ele apresentar a periodontite, terá um quadro mais complexo do que o de pessoas não diabéticas. Todo e qualquer paciente diabético deve realizar consultas de rotina para prevenção”, reforça Janaína.
Para evitar complicações e manter a doença sob controle, é importante que a pessoa diabética mantenha a higienização bucal em dia e cultive hábitos saudáveis, tais como evitar consumo de cigarros e o excesso de bebidas alcoólicas e doces, além de praticar atividades físicas e seguir uma dieta equilibrada.
Sobre o CRO-SP
O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) é uma autarquia federal dotada de personalidade jurídica e de direito público com a finalidade de fiscalizar e supervisionar a ética profissional em todo o Estado de São Paulo, cabendo-lhe zelar pelo perfeito desempenho ético da Odontologia e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exercem legalmente. Hoje, o CROSP conta com mais de 145 mil profissionais inscritos. Além dos cirurgiões-dentistas, o CROSP detém competência também para fiscalizar o exercício profissional e a conduta ética dos Técnicos em Prótese Dentária, Técnicos em Saúde Bucal, Auxiliares em Saúde Bucal e Auxiliares em Prótese Dentária.
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