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29 de setembro, dia do Coração: cuide bem dele e previna o AVC

  • Terça, 29 Setembro 2020 11:13
  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Chico Damaso
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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O Acidente Vascular Cerebral decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Há dois tipos de AVC: pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

De acordo com o projeto Diretrizes, da Associação Médica Brasileira, estatísticas recentes mostram que no Brasil o acidente vascular cerebral (AVC) é a primeira causa de óbito. Em suas diversas formas de apresentação, o AVC constitui uma emergência neurológica. Ainda conforme o Projeto Diretrizes:

“A perda de tempo para a abordagem destes pacientes significa uma pior evolução. O AVC, portanto, é uma emergência médica e deve ser conduzido prontamente, por equipe médica coordenada por neurologista clínico. Recomendando-se o desenvolvimento de ‘Unidades de AVC’ em todos os centros hospitalares habituados ao atendimento a pacientes com esta doença, onde estes doentes deverão ser internados”

Quais os sintomas e como começa um AVC?

Existem alguns sinais que ajudam a reconhecer um Acidente Vascular Cerebral.

Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são:

· fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo;

· confusão mental;

· alteração da fala ou da compreensão;

· alteração na visão (em um ou ambos os olhos);

· alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;

· dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

O que é um AVC isquêmico?

O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a um trombo (trombose) ou a um êmbolo (embolia). O AVC isquêmico é o mais comum e representa 85% de todos os casos.

“No caso do AVC isquêmico, o que mais comumente acomete a população, um paciente não tratado perde, aproximadamente, 1.9 milhão de neurônios a cada minuto. Por isso, quanto mais tempo se passa sem atendimento, maiores são as chances de sequelas graves, como dificuldades de movimentação, linguagem, visuais, de memória e até mesmo comportamentais, de acordo com a área do cérebro afetada. Ou seja, tempo é cérebro”, afirma a Dra. Sheila Martins, da Academia Brasileira de Neurologia.

O que é um AVC hemorrágico?

O AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia. Esta hemorragia pode acontecer dentro do tecido cerebral (hemorragia intraparenquimatosa) ou na superfície entre o cérebro e a meninge (hemorragia subaracnóide). É responsável por 15% de todos os casos de AVC, mas pode ter uma mortalidade maior do que o AVC isquêmico.

Quais os principais fatores de risco para desenvolver um AVC?

Existem diversos fatores que aumente a probabilidade de ocorrência de um AVC, seja ele hemorrágico ou isquêmico. “90% dos fatores de risco são preveníveis, tais como pressão alta, diabetes, colesterol elevado, arritmias cardíacas, tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse. Além disso, é importante ressaltar que o AVC é uma doença tratável”, pondera o Octavio Pontes Neto, membro da ABN.

O que causa o AVC hemorrágico?

O AVC hemorrágico tem como causa, principalmente, a pressão alta descontrolada e a ruptura de um aneurisma cerebral. No entanto, também pode ser provocado por outros fatores, como:

· Distúrbios coagulação do sangue;

· Traumatismo cranioencefálico;

· Tratamento com radiação para câncer no pescoço ou cérebro;

· Uso de medicamentos anticoagulantes;

· Trombose nas veias cerebrais;

· Malformações das artérias e das veias cerebrais.

O que causa o AVC isquêmico?

O AVC isquêmico se divide em quatro subgrupos, com causas distintas:

· AVC isquêmico aterotrombótico: provocado por doença que causa formação de placas nos vasos sanguíneos maiores (aterosclerose), provocando a oclusão do vaso sanguíneo ou formação de êmbolos.

· AVC isquêmico cardioembólico: ocorre quando o êmbolo causador da isquemia cerebral origina-se do coração.

· AVC isquêmico de outra etiologia: é mais comum em pessoas jovens e pode estar relacionado a distúrbios de coagulação no sangue.

· AVC isquêmico criptogênico: ocorre quando a causa do AVC isquêmico não foi identificada, mesmo após investigação detalhada pela equipe médica.

Como prevenir o AVC?

Muitos fatores de risco contribuem para o aparecimento de um AVC e de outras doenças crônicas, como câncer e diabetes. Alguns desses fatores não podem ser modificados, como a idade, a raça, a constituição genética e o sexo. Outros fatores, entretanto, dependem apenas da pessoa e são os principais para prevenir essas doenças.

· Não fumar;

· Não consumir álcool;

· Não fazer uso de drogas ilícitas;

· Manter alimentação saudável;

· Manter o peso ideal;

· Beber bastante água;

· Praticar atividades físicas regularmente;

· Manter a pressão sob controle;

· Manter a glicose sob controle.

A adequação dos hábitos de vida diária é primordial para a prevenção do AVC.

Diagnóstico do AVC

O diagnóstico é feito pela avaliação médica e exame clínico e por meio de exames de imagem, que permitem identificar a área do cérebro afetada e o tipo do AVC. Tomografia computadorizada de crânio é o método de imagem mais utilizado para a avaliação inicial do AVC na fase aguda.

Assim que o paciente chega ao hospital, entre os cuidados clínicos de emergência estão:

· Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura.

· Checar a glicemia.

· Colocar acesso venoso no braço que não estiver paralisado.

· Administrar oxigênio, caso a pessoa precise.

· Determinar o horário de início dos sintomas por meio de questionário ao paciente ou acompanhante.

· A depender do tempo de início dos primeiros sintomas, o paciente poderá receber tratamentos medicamentosos específicos dissolver o trombo (“o coágulo”) e/ou ser submetido a um procedimento para tirar esse trombo.

Os procedimentos com finalidade diagnóstica em neurologia estão contemplados no Sistema Único de Saúde - SUS.

Tratamento e reabilitação do AVC

O tratamento do AVC é feito nos Centros de Atendimento de Urgência, que são os estabelecimentos hospitalares que desempenham o papel de referência para atendimento aos pacientes com AVC. Essas unidades de saúde disponibilizam e realizam o procedimento com o uso de trombolítico, conforme Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico.

A reabilitação pode ser feita nos Centros Especializados em Reabilitação (CERS). A melhor forma de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar inclusive com medicamentos, devem ser prescritos por médico profissional e especialista, conforme cada caso.

Fonte: Ministério da Saúde, com informações Academia Brasileira


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